Economia Titulo OPORTUNIDADE
Nível de desemprego é o menor para o mês de abril

Índice fica em 10,2%; segmentos de serviços abriram
48 mil postos de trabalho em um ano

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
30/05/2013 | 07:24
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O desemprego no Grande ABC se manteve em patamar baixo em abril, apontou pesquisa da Fundação Seade e do Dieese, divulgada ontem. O índice de pessoas sem ocupação ficou em 10,2% da PEA (a População Economicamente Ativa, ou seja, o total dos que estão empregados ou em busca de vagas). É o menor percentual para abril desde o início da série histórica (em 1998) e representa praticamente estabilidade na comparação com março, quando a taxa foi de 10,1%.

O estudo mostra que as contratações cresceram, com a abertura de 11 mil postos no mês passado. No entanto, o mercado de trabalho aquecido levou mais pessoas (por exemplo, jovens) a saírem a procura de emprego. Com isso, houve aumento de 14 mil vagas na PEA no período. Atualmente, há 143 mil pessoas sem emprego nos sete municípios, 3.000 a mais que em março.

Entre os setores, os ramos de serviços (por exemplo, transportes e telemarketing) lideraram as admissões, tanto nos últimos 12 meses quanto na comparação com março. Desde abril de 2012, essas atividades geraram 48 mil postos, enquanto a indústria fechou 17 mil oportunidades. Observando apenas o mês, o setor industrial cortou 7.000 vagas, mas há que se ressalvar que o segmento metalmecânico (que tem peso importante para a economia da região) fez movimento inverso e criou 6.000 empregos.

O fechamento de postos nas fábricas, apontado pela pesquisa do Seade/Dieese, contrasta com o levantamento do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que mostrou ampliação de quase 500 vagas no mês. No entanto, a metodologia das pesquisas é diferente: enquanto a primeira é feita em entrevistas domiciliares – não necessariamente os moradores da região trabalham no Grande ABC. Por sua vez, a segunda é realizada com base em informações passadas pelas empresas ao Ministério do Trabalho e Emprego.

Apesar desse comportamento ainda de retração nas vagas industriais, o gerente de pesquisas do Seade, Alexandre Loloian, considera que a reação do setor metalmecânico aponta tendência de melhora na ocupação das outras fabricantes. “Acho que pode ser o início de uma recuperação”, afirma.




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