Política Titulo Faísca
Para Geová, Sidão
não tem ideologia

Presidente do PSB de S.Caetano questiona postura do vereador em pedir voto para dois prefeituráveis

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
28/05/2013 | 07:44
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Presidente do PSB de São Caetano, Geová Maria Faria, rebateu as críticas do comandante da Câmara, Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão (PSB), e resgatou o histórico político de rompimentos para questionar a moral do socialista. O mandatário ainda lembrou que o chefe do Legislativo andou com o pé em duas campanhas na eleição passada. “Ele sempre foi dúbio. De manhã pedia votos para (a ex-prefeiturável governista) Regina Maura (Zetone, ex-PTB) e à tarde para o Paulo Pinheiro (PMDB). Com essa postura, ele não tem condição de ter ideologia política.”
Geová atuou como chefe da Pasta de Serviços Urbanos na gestão do ex-prefeito e hoje secretário paulista de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB). Sidão considerou que a influência do petebista e a postura “mesquinha” do mandatário atrapalharam o desenvolvimento da sigla que, segundo ele, poderia ter feito até quatro cadeiras ao invés das duas vagas que detém hoje na Câmara.
“Fui um secretário profissional. Compartilhei a minha estrutura política com os filiados do PSB, mas eu não podia esquecer o resto da população. Além de político, sou um cara técnico. Eu com a votação que tive (1.405 votos para vereador) estaria eleito se estivesse em qualquer outra coligação. Mas era o presidente do PSB, não poderia ser incoerente e mudar a sigla. Ele, como presidente da Câmara, nunca fez uma reunião para o partido”, contestou.
Sobre a falta de compromisso com a legenda, o ex-secretário resgatou a trajetória e postura partidária de Sidão. “Na eleição de 2010, o PSB fechou apoio ao (presidente socialista no Estado e deputado federal) Márcio França e com o deputado estadual Alex Manente (PPS), que estava fechado com o governo. O Sidão apoiou o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) e não ajudou o Márcio França. Quem é ele para questionar ideologia partidária?”, externou Geová.
No período pré-eleitoral do ano passado, Sidão pressionou para tentar ser o vice na chapa de Regina Maura. Em troca do apoio pediu uma secretaria e a vice, mas não concretizou a negociação. “Não seguiu o partido que estava correndo com a Regina Maura e também fez campanha para o Paulo Pinheiro. Assim como ele chegou à presidência da Câmara com apoio de Pinheiro, foi o Auricchio que o elegeu (em 2011) e mudou de lado.”
De acordo com Geová, a comissão provisória do PSB de São Caetano já foi destituída pelo comando estadual. Sidão já havia anunciado que será o próximo presidente da sigla no município, entretanto, a transferência ainda não foi oficializada. “Para ele assumir a presidência precisa cumprir a promessa que fez à executiva e ao Márcio França”, ironizou.
O ex-secretário ainda citou o desentendimento de Sidão com o prefeito, criado após o socialista ter dado apoio a duas tentativas de CPI na Câmara. “O mal-estar é evidente. Será que ele vai cumprir o acordo com o Pinheiro ou vai fazer como fez com o Auricchio?”, questionou.
 




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