Economia Titulo Trabalho
Após montadoras,
Paranapanema abre PDV

Neste ano, essa é a terceira empresa da região que adota mecanismo para dispensar trabalhador

Tauana Marin
do Diário do Grande ABC
23/05/2013 | 07:24
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Mais uma empresa do setor automotivo no Grande ABC resolveu aderir à abertura de PDV (Programa de Demissão Voluntária) neste ano. Após a GM (General Motors) abrir dois programas e a Mercedes-Benz estar com um PDV há dois meses para funcionários administrativos e de manutenção predial, agora é a vez de a metalúrgica Paranapanema (antiga Eluma) anunciar aos 775 funcionários da planta de Utinga, em Santo André, o programa destinado, exclusivamente, àqueles que possuem algum tipo de estabilidade (como por doenças de trabalho).

Segundo o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Adilson Torres Santos, o Sapão, os interessados poderão aderir ao PDV entre sexta-feira e segunda-feira e a empresa irá disponibilizar pessoas de plantão para fazer os cálculos para cada interessado. "São acordos bem individuais, que depende da situação de cada colaborador."

Sapão enfatiza que a iniciativa não deve ser algo que pressione os funcionários. "Deixamos claro que isso não deve acontecer dentro da fábrica, caso contrário, o sindicato irá interferir." Trabalhadores, no entanto, entraram em contato com o Diário e demonstraram preocupação com o programa.

Procurada, a Paranapanema informou que, junto ao sindicato, chegou a um acordo comum, "que atende os interesses dos trabalhadores que têm estabilidade por doença ocupacional."

A empresa possui outra unidade na cidade andreense, em Capuava, onde há 475 trabalhadores. As duas fábricas somam 1.250 colaboradores.

OUTROS PROGRAMAS - Na Mercedes, o PDV já dura dois meses. Segundo o diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moises Selerges, não há com o que se preocupar. "Eles não estão mexendo na base da empresa, que é a produção. Estão apenas readequando o quadro de funcionários."

Além disso, Selerges conta que boa parte das pessoas que aderem ao PDV é de funcionários já aposentados que continuam na ativa. "Na verdade, eles mesmos querem um pacote de benefícios para sair da empresa e podem, inclusive, abrir um negócio com o dinheiro que recebem."

Na GM, o primeiro programa de demissão teve adesão de 78 pessoas, sendo que 52 postos foram preenchidos. Já na segunda vez, a empresa não obteve tanto êxito. Na ocasião, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, explicou que a redução do número de funcionários era reflexo da falta de novos projetos por parte da companhia estrangeira.

Trabalhadores da GM de S.Caetano rejeitam PLR de R$ 8.350

Os funcionários da GM (General Motors) da fábrica instalada em São Caetano rejeitaram a proposta feita pela montadora, que prevê PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 8.350. Desse total, R$ 6.600 seriam pagos no fim do mês e R$ 1.750 em setembro. Segundo o presidente do sindicato Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, a classe considerou insuficiente. "Vamos voltar para a mesa de negociação com a montadora. Queremos decidir essa questão até amanhã (hoje)." Em 2012, os 12,5 mil metalúrgicos fecharam o acordo em R$ 15.355,86.

Em conversa com os trabalhadores, a meta de produção foi aprovada. Neste ano, deverão ser produzidas 341 mil unidades (que correspondem a 80%); 370 mil veículos representam 100% do previsto e 394 mil equivalem a 120% da produção. Antes, a proposta da montadora era de fabricar 402 mil unidades até o fim de dezembro.[08.ASSINA_PE]TL




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