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Polícia tenta desarticular quadrilha de milicianos
14/05/2013 | 08:59
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Agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) realizam nesta terça-feira (14) operação policial com objetivo de desarticular uma quadrilha de milicianos que atuam em Pedra de Guaratiba, zona oeste do Rio. A área fica a menos de 10km do Campus Fidei, área que abrigará fiéis em vigília durante a Jornada Mundial da Juventude, na última semana de julho.

Foram expedidos 16 mandados de prisão, um deles contra um policial militar, e 27 de busca e apreensão. A operação tem apoio da Subsecretaria de Inteligência (SSINTE) da Secretaria de Segurança (Seseg), da Primeira Central de Inquéritos do Ministério Público Estadual e da Corregedoria da Polícia Militar.

As investigações que resultaram na ação batizada de Operação Prelúdio II foram iniciadas há oito meses, e concluíram que uma milícia se formou na região de Pedra de Guaratiba, em 2011. De acordo com a Seseg, a quadrilha é liderada pelo policial militar André Amaro Melo. Amaro, como é conhecido na região, seria o terceiro homem na hierarquia da quadrilha do miliciano Toni Ângelo de Souza Aguiar.

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Roberto Leão, os bandidos exigem dos comerciantes e moradores o pagamento de taxas de proteção, monopolizam a venda de cestas básicas e botijões de gás, promovem loteamentos irregulares, controlam os serviços de transporte alternativo de vans e moto táxis, vendem combustíveis de origem clandestina e exploram a distribuição ilícita de sinal de TV a cabo e internet, entre outros. O grupo de milicianos seria responsável ainda pela venda de armas de fogo a outros criminosos.

As investigações apontaram que a quadrilha comete assassinatos de moradores que não se submetem às suas regras, assim como de testemunhas de seus delitos ou ainda de possíveis criminosos que teriam atuado na região. "Desarticular esse bando é fundamental no combate à milícia na cidade. Os moradores, que mais sofrem com as ações violentas desse grupo, terão mais tranquilidade. O grupo também terá um grande impacto financeiro com a paralisação de suas atividades. Seu enfraquecimento é importante no combate às milícias da zona oeste", afirmou o delegado Roberto Leão.




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