Para tentar apaziguar os ânimos em Ribeirão, vereadores da base governista contataram a secretária de Educação e vice-prefeita, Leo da Apraespi (PSC), propondo uma sessão extraordinária para votar os projetos da Pasta.

Conforme publicado pelo Diário na sexta-feira, a socialista-cristã reclamou que os projetos não foram votados em regime de urgência, como ela havia pedido ao secretário de Governo, Koiti Takaki (PSD), interlocutor do Executivo com o Legislativo.

Diante do impasse, parlamentares tentaram convencer o presidente da Casa, Edson Savietto, o Banha (PDT), a convocar uma extraordinária. Porém, Leo teimou que agora iria esperar quarta-feira, dia da sessão. "Ao ver a questão dos projetos, alguns vereadores me ligaram. Mas agora eu posso esperar até semana que vem (nesta semana)."

Por outro lado, o líder do governo na Câmara, Hércules Giarola (PR), não se mostrou disposto a marcar sessão extra. "A Câmara tem uma rotina que só deve ser mexida quando o Executivo pedir."

O republicano justificou que os projetos da Educação não foram votados por falta de comunicação entre as secretarias. "A Leo tem necessidade como os outros (secretários), mas para um projeto em regime de urgência tem que conversar com quem decide: o prefeito (Saulo Benevides, PMDB), Koiti ou a Rosana (Figueiredo, secretária de Assuntos Jurídicos)", alegou.

O projeto de Educação mais urgente, segundo a chefe da Educação, era o convênio com APM (Associação de Pais e Mestres) para evitar que falte material nas escolas municipais. O projeto do Fundo Social de Solidariedade, liderado pela primeira-dama, Michelle Benevides (PMDB), foi votado em regime de urgência na semana passada e possuía os mesmo molde. "Ela me ligou e pediu para entrar em regime de urgência", explicou Hércules.