Política Titulo São Caetano
Secretário de Governo
ficará até o fim do ano

Prefeito de São Caetano admite perder
Marco Antonio só para a Fundação ABC

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
12/05/2013 | 07:14
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Arquivo/DGABC


O prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), garantiu que vai manter Marco Antonio Santos Silva como secretário de Governo até o fim do ano, quando ele deixará o Paço para assumir a presidência da Fundação ABC. O cargo no Palácio da Cerâmica tem sido alvo de especulações entre vereadores insatisfeitos com a atuação da Pasta.

"Ele está me ajudando bastante na Prefeitura e não teria por que eu pensar em tirá-lo. Quem espalha boatos sobre a saída dele é porque está querendo o lugar dele. Ele só sai se quiser", declarou o prefeito.

Atualmente, Marco Antonio está licenciado do cargo para cobrir férias do presidente da Fundação ABC, Maurício Mindrisz. Como a entidade é mantida pelas prefeituras de Santo André, São Caetano e São Bernardo, há um rodízio na indicação dos presidentes e no ano que vem é a vez dos são-caetanenses escolherem o mandatário. Ele seria o nome natural da gestão.

Cinco vereadores - Pio Mielo (PT), Beto Vidoski (PSDB), Chico Bento (PP) e Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão (PSB), liderados por Eder Xavier (PCdoB) - pressionam Pinheiro para trocar o titular da Pasta de Governo. O perfil de Marco Antonio, que não costuma dar espaço para sugestões dos parlamentares, é a principal reclamação do grupo. Além do argumento de que o secretário está sendo julgado por suposto envolvimento na falsificação de documentos que teriam beneficiado o esquema de superfaturamento de obras anos atrás.

Eder Xavier, inclusive, chegou a cogitar o próprio nome para a substituição. Outro possível substituto especulado foi o ex-homem-forte do prefeito Luiz Tortorello (morto em 2004), Antonio de Pádua Tortorello. Pinheiro, no entanto, descartou as duas possibilidades. "São pessoas que podem contribuir, mas não estou pensando em troca", reiterou o peemedebista.

Apesar do cenário, o grupo promete encampar campanha para barrar a ida de Marco Antonio para a Fundação ABC. A entidade tem R$ 1,1 bilhão de Orçamento, montante que supera receitas de cinco prefeituras do Grande ABC: São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Eder foi responsável pela tentativa de emplacar duas CPIs na Câmara: a da dívida pública de R$ 264,5 milhões e a da Mobilidade. Ambas foram ceifadas pelo governo. Baseado na pressão e no fim da turbulência no Legislativo, o comunista tenta ocupar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e abrir espaço para o primeiro suplente da coligação PMDB-PCdoB, o secretário de Segurança, coronel José Quesada (PMDB), assumir sua cadeira na Câmara.




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