Para acolher o evento, o Salão de Exposições foi caracterizado como um circo, com decoração elaborada com tecidos coloridos e até mesmo uma bilheteria fictícia. A amostragem de uma série de objetos utilizados em diferentes números de palhaços complementa a atração.
Os objetos estão dispostos no centro do espaço expositivo, no local que simboliza o picadeiro. As peças integram o acervo do palhaço andreense Cavadinha, 65 anos, que tem 50 anos de carreira e atua até hoje.
Datadas do fim do século XIX e das décadas de 10, 20 e 60, as imagens retratam, por exemplo, palhaços, equilibristas, malabaristas e domadores. Elas estão expostas em painéis de acrílico, com suas respectivas descrições, como data e personagem. Merece atenção a fotografia em que o domador Orlando Orfei aparece abraçado a um leão.
De palhaços, há imagens dos famosos Arrelia, Carequinha e Piolin (1897-1973). Já entre os objetos, também antigos, figuram os tradicionais sapatos de palhaços, uma bengala grande e torta, um saxofone que espirra água e um relógio que estoura.
A maior parte dos objetos emprestados por Cavadinha para a mostra pertenceu ao palhaço Estrimilique, que morou cerca de cinco décadas em Santo André, cidade em que morreu em 1987, aos 90 anos. Estrimilique foi também o Papai Noel oficial de Santo André, durante as décadas de 70 e 80.
“Acho importante essa exposição porque nós palhaços estamos muito esquecidos. Para se ter uma idéia, dentro da programação de aniversário de Santo André há espetáculos circenses e eu nem fui lembrado”, lamenta Cavadinha.
Vale dizer que as escolas interessadas em levar seus alunos à mostra devem agendar a visita, que nesse caso contará com monitoria.
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