Depois de receber críticas pela repressao contra sindicalistas, o governo argentino levantou suspeitas de que um setor da Polícia Federal está empenhado em desestabilizar o novo chefe dessa força de segurança. Em declaraçoes à imprensa, o ministro do Interior, Federico Storani, disse que há policiais que nao querem mudanças profundas na Polícia Federal, e nao hesitariam em desprestigiar o próprio chefe, o comissário Rubén Santos. Storani classificou de brutal e selvagem o comportamento de uma dezena de policiais que reprimiram as manifestaçoes de sindicalistas em frente ao Congresso. Todos foram suspensos e colocados à disposiçao da Justiça.

Desde que foi nomeado, em dezembro, Rubén Santos iniciou uma campanha para afastar os elementos corruptos da Polícia Federal. A repressao aos sindicalistas, que tentaram impedir que o Senado votasse o projeto de reformas na lei trabalhista, colocou o governo em situaçao difícil, e principalmente o ministro Storani, com antigos vínculos com as organizaçoes defensoras dos direitos humanos.

A reforma trabalhista será discutida na próxima semana, e os sindicalistas já anunciaram que pretendem fazer novas manifestaçoes em frente ao Congresso argentino.