Economia Titulo
Scania completa 45 anos no Brasil com otimismo
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
06/07/2002 | 18:34
Compartilhar notícia


Um dos líderes mundiais na fabricação de caminhões pesados, ônibus e motores industriais e marítimos, a Scania comemorou na última semana 45 anos de atividades no Brasil com uma perspectiva otimista em relação ao futuro de seus negócios no país. Depois de realizar nos últimos anos grandes investimentos para modernizar sua linha de veículos, neste ano a empresa desenvolve ações em diversas frentes para adequar sua base de custos, de forma a ganhar impulso não apenas em vendas mas também em lucratividade.

Por anos seguidos a número um em caminhões pesados no Brasil, no início deste ano a montadora realinhou preços, adotou uma estratégia para incrementar o índice de nacionalização de peças e lançou programas de comercialização, para estimular as vendas e fidelizar seus clientes. Essas ações fazem sentido para a empresa: de acordo com dados do Renavam, rodam hoje no país mais de 110 mil caminhões e 24 mil ônibus da marca, o que corresponde a aproximadamente 25% da frota mundial Scania, superior a 500 mil unidades.

Nos últimos cinco anos, a empresa investiu no país US$ 330 milhões, dos quais US$ 300 milhões entre 1997 e 1998 para o lançamento dos caminhões Série 4, equipados com motores de até 480 cavalos de potência e capacidade de tração para até 150 toneladas. A montadora, com a desvalorização do real em 1999, acumulou altas de custos e no ano passado registrou faturamento superior a US$ 560 milhões, mas um prejuízo operacional de US$ 84 milhões no mercado latino-americano. A meta agora é zerar neste ano os prejuízos para voltar a lucrar no ano que vem. "Estamos fazendo a nossa lição de casa", disse o diretor de marketing da Scania Latin America, Emanuel Queiroz.

Liderança – A retirada dos descontos de 25%, em abril, buscou recompor os custos com a compra de peças importadas – diretamente ou via fornecedores que têm insumos adquiridos no exterior. Isso provocou a queda da liderança no ranking neste ano. "O dólar subiu de R$ 1 para quase R$ 3 e o caminhão não subiu esse porcentual. Os concorrentes também terão de reajustar", afirmou o diretor.

A empresa também quer estreitar parcerias com fabricantes nacionais, para ajustar a sintonia fina nesse processo de ampliação da taxa de nacionalização, atualmente de 80%. Além disso, lançou em junho dois programas de comercialização para suas concessionárias: o Superzerado, programa de venda de novos com a troca por usados que se enquadrem em um padrão de manutenção utilizado pela montadora. O outro é de Compra, Reparação e Venda, em que há compra de usados, preparação e posterior venda. "O objetivo é propiciar que o cliente entre na família Scania", disse Queiroz. Segundo ele, os programas estão sendo bem aceitos. "A concorrência já está interessada em saber como funciona", disse.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;