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País reage ao lobby contra etanol
08/06/2008 | 07:20
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O lobby do setor de petróleo na Europa contra o etanol já faz com que o Itamaraty se mobilize. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, esteve reunido com ministros europeus e deixou claro que qualquer critério imposto por Bruxelas sobre o comércio do etanol que deflagre barreiras injustificadas será questionado politicamente e legalmente pelo Itamaraty.

Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou a Cúpula da FAO em Roma para atacar o setor do petróleo em seu discurso. Agora, o Itamaraty começa a atuar para enfrentar o lobby. Em um encontro entre Amorim e ministros europeus que ocorreu sexta-feira na Eslovênia - que até o final do mês ocupa a presidência da UE (União Européia) -, o tema do etanol reapareceu. O Itamaraty pediu que Bruxelas mantivesse sua meta de ter 10% dos carros movidos a etanol até 2020.

A meta faz parte de uma estratégia energética para reduzir a dependência do petróleo e as emissões de CO2.

A meta sobre o uso, porém, está sendo atacada, inclusive por ministros europeus. Diplomatas de alto escalão do governo alertam que vem recebendo informações de que um dos grupos de lobby que mais está fazendo pressão contra o etanol na UE é o do petróleo.

Uma das novas idéias que geraram preocupações entre a diplomacia foi a de que se poderia atingir a meta de redução de CO2 até 2020 sem precisar do etanol.

A proposta seria a utilização de novas tecnologias na produção de petróleo, e não a sua substituição.




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