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Grupo polonês quer investigar sabão feito de corpo humano
Das Agências
04/02/2002 | 18:06
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Uma associação de minoria alemã de Gdansk (Norte da Polônia) solicitou nesta segunda-feira uma investigação para averiguar se a produção de sabão a partir do corpo humano pelos nazistas realmente ocorreu na cidade durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

"Solicitamos que o Instituto da Memória Nacional (IPN, que investiga os crimes nazistas e stalinistas) reabra uma investigação sobre o caso do professor alemão Rudolf Spanner, ex-diretor do Instituto de Anatomia de Gdansk, onde teria ocorrido essa produção", disse o presidente da associação, Gerhard Olter.

Spanner, morto há 30 anos, "tem que ser ou absolvido ou condenado, pelo menos moralmente", acrescentou.

A pedido da associação, IPN já abriu uma investigação preliminar. O instituto espera documentação de arquivos da Alemanha, país onde Spanner foi julgado e absolvido, segundo um dirigente da IPN, Witold Kulesza.

O jornal "Gazeta Wyborcza" revelou a existência de documentos em arquivos britânicos em Londres, baseados em depoimentos de três ex-prisioneiros de guerra britânicos. Segundo sua versão, quarenta corpos decapitados eram entregues todo dia ao Instituto de Anatomia de Gdansk.

Um dos detidos, William Anderson Neely, que trabalhava no instituto, contou que se instalou em março de 1944 um aparelho para a produção de sabão, que se utilizava para limpar o necrotério depois das autópsias.

Após a guerra, a justiça polonesa abriu uma investigação que foi suspensa em 1973 por falta de provas. Apesar disso, as autoridades comunistas da época colocaram uma placa no prédio com o texto: "os nazistas alemães perpetraram aqui um crime contra a humanidade ao utilizar corpos de prisioneiros do campo de concentração de Stutthof como insumo para a fabricação de sabão".




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