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Israel mobiliza policiais para "Marcha de Jerusalém"
Das Agências
04/10/2001 | 12:07
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A polícia israelense mobilizou nesta quinta-feira milhares de homens de seu efetivo para a chamada "marcha de Jerusalém". A marcha é motivada pelos dois mortos e pelas dez pessoas feridas nesta quinta, quando um palestino com uma arma automática abriu fogo contra um ponto de ônibus na cidade de Afula.

A "marcha de Jerusalém", que marca a lealdade do povo judeu à Jerusalém, acontece todos os anos durante o Sucot, a Festa dos Tabernáculos, que comemora a estada dos hebreus no deserto depois de sua saída do Egito.

Israel considera que toda a cidade de Jerusalém faz parte de sua capital unificada e eterna. Os palestinos querem estabelecer a capital de seu futuro Estado no setor Leste da cidade.

Os representantes de movimentos juvenis, os sindicatos, a polícia, o Exército, as grandes empresas industriais, assim como os peregrinos integristas cristãos pró-israelenses começaram a percorrer o trajeto durante a manhã, antes de participarem de uma festa no centro da cidade.

Cerca de 25 mil fiéis judeus participaram da bênção dos Cohen (os sacerdotes), tradicional no Sucot, frente ao muro das lamentações, que fica próximo à Esplanada das Mesquitas, lugar sagrado para os muçulmanos. A polícia limitou hoje o acesso à Esplanada das Mesquitas aos muçulmanos maiores de 40 anos.

Os dois grandes rabinos de Israel, Eliahu Bakshi Doron e Israel Meir Lau, sentados na tradicional "sucá" (cabana) da Festa dos Tabernáculos, abençoaram a longa fila de pessoas.

Pela manhã, um israelense sofreu ferimentos leves quando o ônibus em que viajava foi apedrejado quando circulava perto da Porta dos Leões, na cidade velha de Jerusalém.

Grande parte do centro da cidade foi fechada ao trânsito, além da instalação de inúmeros bloqueios nos arredores de Jerusalém e da Cidade Velha.

Cerca de cem membros dos Fiéis do Monte do Templo, grupo religioso de extrema-direita, se reuniram perto do Muro das Lamentações, em Jerusalém.

Esses extremistas anunciaram que querem reconstruir o Segundo Templo judeu de Herodes, destruído no ano 70 depois de Cristo pelos romanos, sobre o qual atualmente se encontra a Esplanada das Mesquitas.




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