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Reféns sul-coreanos serão libertados 'em breve', dizem talibãs
Da AFP
28/08/2007 | 13:28
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Um porta-voz dos talibãs anunciou nesta terça-feira que os 19 reféns sul-coreanos mantidos em poder do grupo no Afeganistão serão libertados "em breve", caso as negociações entre os seqüestradores e uma delegação da Coréia do Sul sejam concluídas com "êxito". Os rebeldes exigem da retirada dos 200 soldados de Seul antes do fim do ano.

"Ambas as partes concordam que as tropas militares sul-coreanas e seus missionários (cristãos) sul-coreanos deixarão o Afeganistão e que os talibãs libertarão os reféns muito em breve", declarou um alto dirigente talibã.

Hoje, talibãs e autoridades sul-coreanas iniciaram uma nova rodada de negociações para tentar obter a libertação dos 19 reféns que estão nas mãos dos rebeldes afegãos há cerca de seis semanas.

"Os reféns serão libertos em três ou quatro dias", confirmou Mohammad Zahir, um chefe tribal e mediador-chave das negociações diretas que foram retomadas na manhã de terça-feira em Ghazi, no sul afegão, entre enviados talibãs e diplomatas sul-coreanos.

"O acordo prevê que a Coréia do Sul vai retirar suas tropas daqui até o fim do ano e impedirá a atividade dos missionários" cristãos, confirmou em Seul o porta-voz da presidência, Cheon Ho-Seon.

Até agora, dos 23 missionários seqüestrados no dia 19 de julho, dois homens foram executados pelos rebeldes e duas mulheres libertadas.

Exigências - Os talibãs abandonaram a reivindicação que apresentavam como condição não negociável pela libertação de seus reféns, exigência que já os fez matar dois sul-coreanos: a liberdade concedida por Cabul de um número equivalente de talibãs detidos em prisões afegãs, o que foi categoricamente negado desde o início pelo presidente afegão Hamid Karzai.

Cabul foi veementemente criticada em março por Washington e também pela opinião pública afegã pela libertação de cinco comandantes talibãs em troca do jornalista italiano Daniele Mastroggiacomo, enquanto nada foi feito para salvar seus dois acompanhantes afegãos decapitados por seus seqüestradores.

"Nós percebemos que o governo sul-coreano não teria como" fazer as autoridades afegãs cederem, revelou  um dos negociadores com uma delegação de Seul.

Qari Bashir também garantiu que os talibãs não atacariam as tropas sul-coreanas até a sua retirada, mas exigiu que todos os sul-coreanos que trabalham em ações humanitárias no Afeganistão deixem o país "em três ou quatro dias".

Os islamitas ainda devem decidir se eles libertarão os reféns todos juntos ou em pequenos grupos, detalhou o negociador talibã.




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