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GM e RS tentam acertar renegociaçao de contrato
Do Diário do Grande ABC
09/04/1999 | 17:34
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Representantes do governo gaúcho e da Genaral Motors vao encontrar-se segunda-feira pela quinta vez para discutir a renegociaçao do contrato de incentivos para a instalaçao de uma fábrica da empresa no Rio Grande do Sul. Nesta sexta-feira eles reuniram-se novamente durante quase cinco horas e no final o diretor-adjunto da GM, Luiz Moan, afirmou que as duas partes estao buscando "alternativas" capazes de garantir "viabilidade inclusive para a aceleraçao das obras".

Segundo o secretário do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, José Luiz Vianna Moraes, o governo está "avaliando todas as possibilidades" de garantir a execuçao do projeto sem ter que desembolsar o financiamento subsidiado de R$ 57 milhoes que falta pelo acordo anterior. Ele explicou que o Estado nao tem condiçoes de manter a participaçao nos níveis previstos pelo governo passado e que já resultou no repasse de R$ 348 milhoes entre financiamento de capital de giro e obras de infra-estrutura para a montadora.

A intençao do governo gaúcho é chegar a um acordo o mais rapidamente possível com a GM, para evitar que o atraso das obras pelo menos nao supere os seis meses já anunciado pelo vice-presidente da companhia, André Beer. O Rio Grande do Sul pretende ainda entender-se com a empresa antes da próxima reuniao com a Ford, na terça-feira, que também firmou um contrato de incentivos com a administraçao passada e ainda teria R$ 418 milhoes a receber do Estado.

Nenhuma das partes, porém, revela as alternativas específicas que estao sendo discutidas. "Nao há ainda qualquer definiçao mais concreta", esquiva-se Vianna Moraes. Ele sustenta que o Estado nao tem condiçoes de repassar os recursos previstos, enquanto os representantes das montadoras afirmam que nao aceitam alteraçoes nas cláusulas econômicas dos contratos. "Nao tenho nenhuma dúvida de que estamos constituindo um acordo", acentuou o secretário. O acerto possibilitaria preservar o cronograma original (inauguraçao em dezembro deste ano), "ou pelo menos ficar o mais próximo possível dele", comentou.




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