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Governo somali censura TV e rádios por incitação à violência
Da AFP
15/01/2007 | 17:51
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A violência voltou nesta segunda-feira a Mogadiscio, onde três pessoas morreram em tiroteios durante a madrugada, e o governo somali censurou a rede de televisão Al-Jazeera e várias emissoras locais por incitação à violência.

Além disso, um alto representante da União Africana (UA) declarou nesta segunda-feira que as primeiras tropas da força de paz africana para a Somália poderão se posicionar neste país "antes do fim de janeiro".

O envio desta força é urgente, considerando o fato de que a violência persiste em Mogadiscio. Segundo os habitantes da capital somali, os tiroteios desta madrugada foram os mais intensos desde a entrada das tropas governamentais e etíopes na cidade, em 28 de dezembro.

De acordo com testemunhas, uma patrulha policial foi alvo de uma emboscada no sul da cidade, um setor controlado pelos militantes islâmicos antes de sua derrota.

No domingo, o governo somali afirmou sua vontade de restaurar a segurança em Mogadiscio, depois de o Parlamento ter decretado o estado de emergência e a lei marcial em todo o país por um período de três meses.

O governo somali também censurou nesta segunda-feira o canal Al-Jazeera e três emissoras de Mogadiscio.

O porta-voz do governo, Abdirahman Dinari, justificou a decisão alegando que esses meios de comunicação realizam "uma cobertura informativa inaceitável, que incita à violência".

A União Nacional dos Jornalistas somalis condenou "esta ação contra a liberdade da imprensa" e exigiu a suspensão "deste decreto de opressão".

Em Bruxelas, o comissário europeu para o Densenvolvimento, Louis Michel, se declarou "preocupado com a instauração da lei marcial" na Somália, e disse que o governo somali devia priorizar a reconciliação política em detrimento da segurança.




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