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Árabes condenam atentados de Madri
Da AFP
12/03/2004 | 12:28
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As capitais árabes condenaram o terrorismo depois dos sangrentos atentados de Madri, mas hesitaram em falar sobre os prováveis responsáveis pelos ataques que deixaram 198 mortos e mais de 1,4 mil feridos.

O presidente de Egito, Hosni Mubarak, dirigiu uma mensagem de condolências ao rei da Espanha, Juan Carlos, no qual condena firmemente "a violência e o terrorismo sob todas as suas formas e lhe transmitiu as condolências do governo e do povo egípcios.

Na quinta-feira à noite, o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Mussa, declarou-se "abalado" pelos atentados de Madri e os classificou de "atos terroristas destinados a matar civis" e expressou suas condolências às famílias das vítimas.

O dirigente líbio Muammar Kadafi ligou para o chefe do Governo espanhol José María Aznar para transmitir-lhes sua condenação aos atentados de Madri e comunicar-lhe suas condolências.

O primeiro-ministro libanês Rafic Hariri condenou com firmeza os atentados e pediu para tomar medidas enérgicas para contra-atacar esse tipo de "ação criminosa". "As declarações de denúncia e condenação não bastam para contra-atacar essas ações criminais contrárias a todos os valores morais e religiosos", afirmou, em um comunicado. Também pediu aos países do mundo "que atuem para erradicar este fenômeno terrorista que atingiu sem distinção em vários lugares e que visa semear o pânico matando ao máximo de inocentes".

Em Damasco, o presidente sírio Bachar Al Assad Apresentou suas condolências ao rei da Espanha e condenou os atos terroristas. "Sentimos uma profunda dor depois das informações sobre os atos criminosos cometidos nas estações de Madri, que mataram dezenas de inocentes", afirmou, em uma mensagem reproduzida pela agência oficial Sana.

O rei da Jordânia, Abddullah II, denunciou a série de "atentados terroristas que matam civis inocentes", em uma mensagem de condolências dirigida ao rei da Espanha, Juan Carlos, segundo a agência jordaniana Petra.

Jornais - Os jornais libaneses dedicaram a primeira página de suas edições desta sexta-feira à tragédia, evocando, mas sem comentar, as pistas investigadas sobre a autoria dos ataques: ETA e Al Qaeda.

"O 11 de setembro espanhol: Os bascos ou a Al Qaeda?, é a manchete do jornal de grande tiragem An Nahar. O jornal árabe Al-Hayat classifica os fatos de "pior catástrofe desde os atentados de 11 de setembro em Nova York". "o terrorismo atinge Madri", escreveu o jornal Al Mostaqbal. "A Espanha comovida ante o pior ato de terrorismo da história da Europa", enfatizou As Safir, segundo o qual "a ETA é o primeiro acusado".

No Egito, os jornais governamentais Al Ahram, Al Akhbar e Al Gohmuria evocam uma eventual responsabilidade da rede Al Qaeda, citando um comunicado reivindicando o atentado e enviado ao jornal londrino Al Qods Al Arabi. Mas enfatizam, ao mesmo tempo, que as autoridades espanholas continuam investigando a hipótese do movimento separatista basco.

O jornal Al Messa resume esta incógnita: "A polícia espanhola afirma que é a ETA que está por trás do atentado e o jornal Al Qods diz que é a Al Qaeda", afirma em sua primeira página.




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