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ALL investe R$ 5 milhões em novo contrato com a Renault
Lana Pinheiro
Do Diário do Grande ABC
06/11/2006 | 22:44
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A ALL (América Latina Logística) acaba de fechar novo contrato com a indústria automotiva. Dessa vez, o acordo é para transportar autopeças da fábrica da Renault em São José dos Pinhais, para a unidade do mesmo grupo em Córdoba, Argentina. O investimento para atender o novo cliente gira na casa dos R$ 5 milhões para a contratação de 30 caminhoneiros e compra de dez novos cavalos mecânicos.

O investimento só não é maior porque o contrato vai aproveitar boa parte da estrutura montada para atender a Scania, em contrato de movimentação das peças de São Bernardo para a cidade argentina de Tucumã. A jogada é simples: boa parte das carretas que subiam o continente trazendo peças para a montadora de caminhões desciam vazias ou com mercadorias de contratos eventuais para a terra de Néstor Kirchner. Agora, essas carretas serão usadas para levar as peças da companhia francesa.

“A operação é casada em quase 70%. No fim conseguiremos otimizar grande parte das viagens Brasil/Argentina, ao mesmo tempo em que teremos um contrato fixo com um cliente extremamente importante para nós”, avalia Alexandre Santoro, diretor de logística da ALL.

Esse é o primeiro contrato da companhia com a Renault e representará incremento de mais de 10% no faturamento dos contratos rodoviários: passará de R$ 130 milhões para R$ 150 milhões em 2007.

As viagens serão diárias em uma média de 100 carregamentos mês, utilizando setenta carretas que rodarão mais de 120 mil quilômetros a cada trinta dias entre os dois países. Os caminhões viajarão ininterruptamente – dois motoristas se revezam na direção do veículo – percorrendo o trajeto que vai de São Bernardo a Tucumã, passando em São José dos Pinhais e Córdoba, em cerca de 100 horas.

O curioso é que quase 40% do tempo não é gasto no trânsito, mas sim na aduana. “Ainda perdemos muito tempo com a burocracia aduaneira. Na fronteira com a Argentina é até mais rápido, o grande problema é na EAD (Entreposto Aduaneiro do Interior) de Santo André”, diz Santoro.

Mesmo com o problema, o contrato de três anos é um grande passo para o setor logístico que já representa 20% do faturamento da ALL e deve continuar a crescer.



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