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Evo Morales pede aos EUA que ampliem tarifas preferenciais andinas
Da AFP
01/06/2006 | 17:15
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, pediu aos Estados Unidos a ampliação do acordo de preferências alfandegárias (ATPDEA), que vence em dezembro e representa para seu país uma receita de US$ 500 milhões por ano.

"É fundamental o prolongamento de tais preferências alfandegárias para garantir a continuidade do fluxo de exportações a seu país e, assim, preservar as fontes de trabalho na Bolívia", destacou Morales em carta enviada ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que foi divulgada nesta quinta-feira.

O presidente boliviano, principal aliado do venezuelano Hugo Chávez, o mais ferrenho opositor do governo Bush, pediu à Casa Branca que amplie o ATPDEA que, para La Paz, carece de significado real na balança comercial americana.

Para Washington, "a extensão e a ampliação das preferências alfandegárias para a Bolívia não tem praticamente nenhum impacto porque elas não passam de 0,07% das importações totais dos Estados Unidos", lembrou na carta.

Morales destacou que os US$ 500 milhões que a Bolívia registra anualmente com a exportação de têxteis, ouro e madeira ao gigantesco mercado norte-americano, representam quatro pontos do PIB boliviano de US$ 9,3 bilhões e freiam os fluxos de emigrantes bolivianos pressionados pelo desemprego.

"Para nosso país, o ATPDEA representa a possibilidade de nossas manufaturas chegarem a um de seus mais importantes mercados e a possibilidade de reduzir a migração de bolivianos por falta de emprego", escreveu Morales.

O presidente boliviano inclusive se declarou disposto a negociar um acordo comercial com Washington "que leve em conta o imenso desnível existente entre nossas economias, beneficiando sobretudo os mais pobres".

Além disso, Morales lançou um apelo à Colômbia e Equador, também beneficiários do acordo de tarifas preferenciais, para que somem esforços nesta direção.

"Estou otimista (no sentido de convencer a Casa Branca) porque já nos unimos com o Equador, que semana passada pediu publicamente a ampliação deste acordo sobre tarifas preferenciais" - afirmou Morales na segunda-feira passada , durante encontro com a imprensa estrangeira.




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