O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, se prepara para rejeitar nesta segunda-feira, no Parlamento, os pedidos da oposição de uma abertura de investigação para apurar se os atentados de quinta-feira poderiam ter sido evitados.
Uma fonte de Downing Street, sede do governo britânico, afirmou na noite de domingo que "o primeiro-ministro confia nos serviços de inteligência e não vai ordenar a abertura de uma investigação sobre seu papel antes dos atentados".
Blair deve aproveitar seu discurso desta segunda-feira na Câmara dos Comuns para enviar uma mensagem de desafio aos terroristas e reafirmar que não alcançaram seu objetivo de dividir e acovardar a Grã-Bretanha.
Além de reiterar sua confiança nos serviços de inteligência britânicos, Blair insistirá que toda a vigilância do mundo não teria sido capaz de evitar os ataques contra o sistema de transporte público de Londres.
"Se pessoas querem fazer explodir inocentes no metrô ou no ônibus e provocar o máximo de morte e destruição, todas as medidas de segurança do mundo podem ter sido adotadas, mas não se poderá evitar atentados", declarou o premiê.
"É por isso que, no final das contas, mesmo se for necessário adotar as medidas de segurança, também é preciso atacar as questões profundas que levam ao terrorismo", destacou Blair. "Com este tipo de terrorismo, as medidas de segurança não podem constituir a única resposta".
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