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Injeção de cautela nas férias
Da AJB
28/07/2004 | 17:29
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Mudar de ares e hábitos alimentares são algumas das vantagens em botar o pé na estrada, mas também podem representar um risco para a saúde. Em muitos países, e em determinadas regiões do Brasil, doenças infecciosas são as grandes vilãs das férias, e tendem a prejudicá-las caso não sejam tomadas as devidas precauções.

“É importante escolher locais servidos por água de qualidade e saneamento básico, sobretudo quando se viaja com crianças. Além disso, a vacinação é uma das atitudes mais úteis na prevenção de doenças”, alerta o médico Edimilson Migowski, chefe do Serviço de Infectologia Pediátrica da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

O infectologista acrescenta ainda que os turistas são mais suscetíveis aos vírus do local visitado, pois têm o corpo menos preparado para enfrentar as doenças endêmicas, e podem contraí-las mesmo durante as horas de vôo. “É muito complicado adoecer em um país que não é o seu. Além de se falar outra língua, não conhecemos o sistema de saúde e o tratamento pode ser diferente”, enfatiza o infectologista Bernardo Gaia, também da UFRJ.

Para evitar essa situação, vale consultar um médico acerca das vacinas a serem tomadas antes de viajar. Em alguns países elas são exigidas; noutros, apenas recomendadas. Em geral, quem tem o calendário de vacinas em dia não precisa se preocupar: as vacinas indicadas serão poucas ou nenhuma.

Outro ponto importante é pesquisar se o local a ser visitado está sendo palco de alguma epidemia e se existem vacinas específicas ou medidas preventivas que sejam eficazes contra ela. Vários Estados do Brasil, por exemplo, convivem com endemias de dengue. Contudo, é do conhecimento de todos que embora não exista vacina contra esse mal, os repelentes e pílulas de complexo B diminuem as chances de picadas.

Doenças já erradicadas no Brasil ainda afetam certos países. É o caso do sarampo, caxumba e rubéola que, no Japão, são considerados problemas considerados de saúde pública. A catapora e a gripe se propagam com facilidade, mas por outro lado, têm vacinas muito eficazes. Por esse motivo, nos Estados Unidos, por exemplo, se detectado o vírus da catapora o turista é obrigado a retornar ao seu país de origem: “Houve um caso de uma criança que evidenciou a infecção e, ao chegar nos Estados Unidos, a família não pôde desembarcar, tendo de voltar ao Brasil no mesmo dia”, recorda Edimilson.

Quem viaja para Japão, Coréia, África do Sul ou Caribe é obrigado a se prevenir contra a febre amarela. A vacina deve ser tomada dez dias antes de o turista desembarcar no país. Embora não seja uma exigência formal, quem ruma ao Norte do Brasil ou ao Pantanal também deve se vacinar contra esta doença. A hepatite do tipo A talvez seja a mais popular das doenças em solo tupiniquim, atingindo todo o litoral do país, bem como o Norte e o Pantanal, onde ainda há o risco de se contrair malária e difteria.




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