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Vitória do Santos nao evita a revolta na Vila
Nelson Cilo
Especial para o Diário
12/03/2000 | 20:41
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A fraquinha vitória de 1 a 0 sobre a Ponte Preta irritou a torcida do Santos, que nao perdoou Carlos Alberto Silva, chamando-o de "burro" no instante em que o técnico tirou três atacantes - Caio, Valdir e Dodô - para segurar o frágil e perigoso resultado, domingo à tarde, na Vila Belmiro.

No fim, o tempo esquentou ainda mais no estádio. A gritaria era coro só no alambrado e nas arquibancadas. A permanência do treinador parece insustentável. Já se fala que a diretoria pensa em Carlos Alberto Parreira, ex-Fluminense, para substitui-lo.

Na prática, houve dois tempos desiguais. No primeiro, os dois times, ofensivamente ousados, queriam atacar. O Santos, muito mais. O colombiano Rincón comandava o time de Carlos Alberto Silva, que pressionava e atuava em alta velocidade para criar as melhores chances. Logo aos sete minutos, Caio, de cabeça, abriu a contagem ao aproveitar um escanteio cobrado pelo lateral Baiano. Nem isso intimidou a Ponte, que forçava os contragolpes.

Aos 19, o zagueiro Ronaldao impediu que Dodô pudesse ampliar o resultado. Aos 26, Dodô voltou a tumultuar a zaga da equipe de Campinas. Depois, a Ponte desperdiçou nos pés de Fabiano uma oportunidade incrível. Em seguida, Rincón nao permitiu que Vânder concluísse na cara do goleiro Carlos Germano. Nos instantes finais do primeiro tempo, Narcízio de outro susto no Santos.

Era cá e lá. Além de uma defesa atenta às investidas do adversário, especialmente Galván e Márcio Santos, o time da Vila soltou os laterais Baiano e Dutra. Para aumentar ainda mais a capacidade ofensiva da equipe, Robert e Caio procuravam encostar em Valdir e Dodô. Na prática, o esquema de Carlos Aberto Silva chegava a utilizar quatro jogadores na frente.

A Ponte nao tinha a mesma força do Santos na hora de avançar. É claro que nao. Mas nao se entregava. Encarava o rival como quem nao aceitava passivamente a derrota.

Na segunda fase, o Santos, tímido demais, nao repetiu tática corajosa do inicio. A Ponte passaria a arriscar mais. Tanto é que, aos oito minutos, Fabiano, livre na área, mandou uma bola na trave. No Santos, Carlos Alberto Silva tiraria os atacantes Valdir e Dodô - e mais tarde, Caio. Isso irritou os torcedores, que nao pouparam o técnico. Os gritos de "burro, burro" seriam inevitáveis.




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