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‘Operação Tango’ vai investigar relações com Banco Santos
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
12/04/2005 | 20:28
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A PF (Polícia Federal) vai avaliar os documentos apreendidos nesta segunda-feira com uma quadrilha especializada em crimes financeiros. Os agentes prenderam, durante a ação denominada ‘Operação Tango’, 13 criminosos que atuavam a partir da criação de crédito ‘frios’, oferecidos a empresas com dificuldades financeiras. A polícia espera recolher, nos documentos, informações sobre as atividades que a quadrilha mantinha com o Banco Santos.

Em junho de 2004, o Banco Santos comprou a empresa Vale Couros Trading S.A. – utilizada pela organização criminosa para a realização das atividades fraudulentas. A PF também está investigando a participação de outros bancos no esquema da quadrilha.

A ‘Operação Tango’ foi realizada simultaneamente em cinco Estados e no Distrito Federal. Entre os presos está o líder da quadrilha, o argentino César de La Cruz Mendoza Arieta, apontado por uma Comissão Parlamentar de Inquérito e outras investigações como um dos maiores fraudadores da previdência social. De acordo com a CPI, em três anos, Arieta teria adquirido cerca de US$ 3 bilhões ilicitamente.

A quadrilha movimentou cerca de R$ 1,5 bilhão em um esquema bancário fraudulento. O delegado regional de combate ao crime organizado em Porto Alegre responsável pela coordenação da Operação Tango, Ildo Gasparetto, informou que a PF e a Receita Federal continuarão investigando as atividades bancárias da organização para saber a origem e o destino do dinheiro. "Essa movimentação está sendo investigada. Queremos saber de onde saiu esse dinheiro, o que foi feito dele e para onde ele foi."

Depoimentos - Os 13 presos envolvidos com a organização criminosa prestaram depoimento nesta terça-feira, em Porto Alegre. Apenas o carioca Sigfried Franz Griesbach, 96 anos, não foi transferido para Porto Alegre, devido à idade. A PF decidiu centralizar em Porto Alegre os depoimentos, uma vez que cerca de R$ 1 bilhão foram fraudados no Rio Grande do Sul.

Segundo o delegado regional de Combate ao Crime Organizado, Ildo Gasparetto, "depois de ouvida metade da quadrilha, estão se confirmando todos os indícios e valores fraudados, apurados durante as investigações. A novidade é que estão surgindo novos nomes e empresas envolvidas, que serão investigadas".

Gasparetto confirmou também a apreensão de três aviões em São Paulo e 15 automóveis em Porto Alegre, no Rio de Janeiro e em São Paulo, além de R$ 190 mil e US$ 40 mil em dinheiro.




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