Em uma curiosa analogia, o médico e superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), Angelo Pavin, comparou o sitema de água do município com o corpo humano.

"A gente bebe uma água, ela é filtrada pelos rins, uma parte fica no corpo e o resto sai pela urina. É mais ou menos todo o sistema que vem lá da fonte até o final. Quem bolou todo esse processo (adotado pelo Semasa) tomou como base o corpo humano. Isso eu não tenho dúvida."

O superintendente, que admitiu que até o convite do prefeito Aidan Ravin (PTB) não tinha ideia de como era o funcionamento da autarquia, afirmou que, após 15 dias no comando, já se sente familiarizado com o tema. "Tenho noção total de todo o funcionamento do Semasa."

Mesmo assim, teve dificuldade em responder qual é o custo do metro cúbico da água pago pela autarquia à Sabesp: R$ 0,70.

Dinheiro em caixa - Angelo Pavin afirmou que recebeu o órgão com um superávit de R$ 400 milhões. Mas, afirmou que a administração anterior deixou de pagar, nos últimos três meses, as parcelas, em juízo, de uma dívida da empresa de Santo André com a Sabesp. Desde 1996, já foram pagos R$ 195 milhões. "Não consigo entender por que não fizeram o depósito."

Questionado o motivo de não equacionar o pagamento atrasado, já que teria recursos em caixa, Pavin afirmou: "Não vou mexer nisso até a auditoria da Prefeitura ser concluída."