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ACM destaca PT na luta contra pobreza em carta à ONU
Do Diário do Grande ABC
08/10/1999 | 17:54
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Os programas sociais que compoem a principal bandeira do Partido dos Trabalhadores (PT) foram escolhidos pelo presidente do Congresso, senador Antonio Carlos Magalhaes (PFL-BA), como os melhores exemplos de açoes bem sucedidas desenvolvidas no país para o combate à pobreza. Em carta endereçada ao secretário-geral da Organizaçao das Naçoes Unidas (ONU), Kofi Annan, o senador fez um relato dos graves problemas sociais enfrentados no Brasil, discorrendo sobre a açao do Congresso Nacional no combate à miséria e à fome e solicitando o incentivo da Organizaçao para a causa.

Na correspondência, o presidente do Congresso elegeu o programa de renda mínima familiar e "o engenhoso esquema da bolsa-escola" como exemplo de iniciativas, "de resultados já comprovados", a serem destacadas internacionalmente. Implantados nas administraçoes petistas em todo o país, os projetos ganham agora o aval expresso de Antonio Carlos Magalhaes. O senador viajou na última quinta-feira para Nova Iorque, onde entregou o documento ao subsecretário-geral para assuntos econômicos e sociais da ONU, Nitin Dsai, em reuniao nesta sexta-feira à tarde.

Adversário histórico do PT, Antonio Carlos Magalhaes tem se aproximado das causas sociais defendidas pelo partido através do empenho na erradicaçao da pobreza. "O Brasil de hoje nao é um país pobre, mas ainda é um país que tem muitos pobres (...). Já se disse, com razao, que ainda somos, acima de tudo, um país injusto, visto que escandalosamente injusta é a nossa desigualdade em termos de distribuiçao de renda", afirma a carta ao secretário-geral da ONU. Num tom que soa quase como discurso de oposiçao, o documento de Antonio Carlos Magalhaes à ONU afirma que o crescimento econômico - tao perseguido pelo governo Fernando Henrique Cardoso - nao é suficiente para erradicar a miséria e a pobreza.

"Explica-se, assim, a estagnaçao dos indicadores sociais mesmo nos períodos de incremento da economia", afirma o presidente do Congresso, prosseguindo logo adiante: "A verdade, senhor secretário-geral, é que as receitas ortodoxas prescritas pelos organismos internacionais, como o saneamento das economias públicas e o incremento da atividade privada, conquanto ajudem a debelas crises econômicas, têm-se mostrado insuficientes para reduzir a pobreza".




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