A companhia aguardava um crescimento na demanda por itens de mobiliário para dar início à fabricação dos produtos no novo espaço, que têm 94 mil m² de área e que já estava com a construção pronta de teto, pisos e paredes há mais de um ano. Estão sendo feitas obras da rede hidráulica e elétrica no local, e a empresa encomendou as máquinas, que são importadas.

Com a nova fábrica Bartira (nome da produtora de móveis do grupo), a meta é dobrar o volume produzido, passando de 100 mil peças/mês, para 200 mil. A Bartira faz itens de cozinha, dormitório, estantes e linha infantil (berços, cômodas etc.) da Casas Bahia. Em relação à localização da planta, o diretor administrativo da rede, Michael Klein, afirmou que a região continua sendo interessante para se produzir móveis. “O ABC sempre foi um campo do ramo moveleiro, aqui tenho mão-de-obra para a atividade.”

A companhia espera fechar o ano com crescimento de 10% para atingir os R$ 4 bilhões de faturamento. As vendas de móveis, que totalizaram R$ 500 milhões em 2001, impulsionam essa alta. Devem atingir R$ 1 bilhão, ou 25% do total da receita, em 2002. “O crescimento do setor moveleiro está superando o de eletroeletrônicos e cobrindo a diferença do que deixa de ser consumido.”

Eletros – Apesar das turbulências econômicas, o volume de TVs vendidas na rede nos oito primeiros meses cresceu 15,7% e de DVDs subiu 256% em relação ao mesmo período de 2001. Para Klein, a Copa do Mundo ajudou a impulsionar esses segmentos. Por outro lado, caiu em 20% o volume de aparelhos de ar-condicionado e 11% o de microondas.

Ele prevê ainda registrar no segundo semestre vendas iguais ou menores do que no primeiro semestre. Nos seis meses iniciais de 2002 foram R$ 2,1 bilhões de receita. “Noventa por cento de nossas vendas são a crédito e as pessoas têm receio de assumir compromissos sem saber como será a política de emprego do próximo presidente.”