O IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) subiu para 1,05% no mês de novembro, contra taxa de 0,75% apurada em outubro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Entre os indicadores que compõem o índice, o IPA (Índice de Preços por Atacado) registrou aumento de 1,45%, ante alta de 1,02% no mês anterior. O índice relativo a Bens Finais apresentou elevação de 1,56% (contra 0,86% em outubro). Segundo a FGV, a principal contribuição para a aceleração partiu do subgrupo combustíveis. O índice de Bens Finais calculado sem a análise de alimentos in natura e combustíveis registrou variação de 0,77%, bem acima da taxa de 0,24% no mês anterior.

O índice do grupo Bens Intermediários registrou variação de 0,18% em novembro, ante 0,60% em outubro, com destaque para o subgrupo materiais e componentes para a manufatura. Já o índice de Bens Intermediários calculado após a exclusão dos combustíveis e lubrificantes para a produção apresentou variação de -0,04%. No mês anterior, a variação foi de 0,80%.

No estágio das Matérias-Primas Brutas, a taxa de variação subiu de 1,94% em outubro para 3,53% em novembro, com destaque para as altas dos itens milho, bovinos, e laranja. Em sentido oposto, aparecem leite in natura, tomate e aves.

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) registrou taxa de variação de 0,27%, acima da apurada no mês de outubro, de 0,13%. Quatro das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação. A maior contribuição para a aceleração do índice partiu do grupo Alimentação (0,25% para 0,60%), que teve como destaques os itens carnes bovinas, laticínios e arroz e feijão

Também estão em sentido ascendente as taxas dos grupos Transportes (-0,19% para 0,29%), Habitação (-0,05% para 0%) e Despesas Diversas (0,04% para 0,08%). No primeiro caso, a aceleração se deve à elevação da taxa de variação do item álcool combustível. No segundo, vale ressaltar, entre outros, o acréscimo registrado na taxa do item tarifa de eletricidade residencial.

Em contrapartida, registraram decréscimos em suas taxas de variação os grupos Vestuário, Saúde e Cuidados Pessoais e Educação, Leitura e Recreação. Nestas classes de despesa, vale mencionar, por ordem, os itens calçados, artigos de higiene e cuidado pessoal e revistas em geral. O núcleo do IPC registrou variação de 0,25% em novembro, 0,01 ponto percentual acima da taxa referente ao mês de outubro, que foi de 0,24%.

O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) registrou em novembro variação de 0,36%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,51%. Apenas o grupo Materiais teve sua taxa de variação reduzida, de 0,94% para 0,50%. A taxa do grupo Serviços avançou de 0,49% para 0,89%. Mão-de-Obra também apresentou acréscimo em sua taxa de variação, que passou de 0,11% em outubro para 0,14% em novembro.