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Acordo automotivo volta a ser negociado
Do Diário do Grande ABC
28/09/2000 | 21:52
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Os representantes dos governos brasileiro e argentino vao retomar as negociaçoes sobre o sistema de cálculo usado no acordo do regime automotivo entre os dois países. O embaixador do Brasil no Mercosul, José Botafogo Gonçalves, afirmou ontem que o Brasil mantém sua posiçao e continua discordando do método usado pela Argentina para calcular o índice de utilizaçao de componentes nacionais nos veículos exportados dentro do bloco.

Nova reuniao entre Gonçalves, o secretário de Desenvolvimento Industrial, Reginaldo Arcuri, e o secretário de Indústria da Argentina, Alejandro Tizado, está marcada para acontecer no próximo dia 4, em Sao Paulo. As negociaçoes sobre o tema estavam suspensas há cerca de dois meses. O embaixador ressaltou que ainda nao existe consenso sobre qual método de cálculo vai prevalecer.

Em entrevista ao jornal argentino La Nación, o vice-chanceler Argentino, Horacio Chiguizola, afirmou que o Brasil concordaria com a metodologia argentina. "Há um perfeito entendimento sobre como a Argentina chegou aos números, mas um acordo ainda nao houve", disse. "Nós temos idéias e propostas a serem apresentadas no encontro."

O impasse sobre a adoçao do método de cálculo acontece porque a Argentina entende que o percentual de componentes nacionais deve ser medido pelo número de peças do veículo.

O governo brasileiro, entretanto, acredita que a porcentagem de nacionalizaçao dos veículos exportados pelo país vizinho aos integrantes do Mercosul devem ser medidas por conjuntos ou subconjuntos de peças.

Desta forma, o número de peças fabricadas na Argentina e que compoe o carro seria bem maior, impedindo que aquele país se tornasse apenas um local de montagem. O acordo do regime automotivo, assinado entre os dois países no início deste ano, começaria a vigorar em junho deste ano. Haverá outra reuniao mais abrangente no dia 11 de outubro, que poderá acontecer em Montevidéu (Uruguai) ou em Buenos Aires (Argentina).




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