"Se for necessário tempo, cabe ao Conselho de Segurança decidi-lo e não à UE", disse o ministro após uma reunião dos chanceleres da UE, prévia à cúpula de Chefes de Estado e de Governo que teve início às 18h locais (14h de Brasília) em Bruxelas.

O ministro se limitou a acrescentar que "os inspetores trabalham" e "deveriam ser reforçados" e "dispor do tempo necessário" para cumprir sua missão.

O encontro dos chanceleres se desenrolou em um ambiente de "abertura (...) apesar das divergências de pontos de vista", segundo Fischer, que considerou "necessário o método comunitário após os recentes acontecimentos", referindo-se às várias iniciativas individuais dos europeus em torno do Iraque.

A Alemanha, firme opositora a uma guerra, e a França, que considera a guerra como um último recurso, não participaram de uma carta assinada por oito países europeus, entre eles Reino Unido, Itália e Espanha, de apoio à união entre Europa e Estados Unidos diante da ameaça do Iraque.

Paris e Berlim pediram na semana passada uma prorrogação das inspeções.

Celso Amorim - Nesta terça-feira, Fischer se reunirá em Berlim com seu colega brasileiro, Celso Amorim, que deve chegar na noite desta segunda-feira à capital alemã, informou o ministério alemão das Relações Exteriores.

Amorim e Fischer analisarão vários temas bilaterais e internacionais, em particular a crise iraquiana, afirma um comunicado do ministério.

O presidente brasileiro, Luis Inácio Lula da Silva, e vários ministros de seu governo visitaram a Alemanha no final de janeiro, lembra o comunicado.