O governo de São Paulo deve iniciar, no próximo ano, a construção de sete novas unidades prisionais femininas. Cada uma das unidades terá capacidade para 550 detentas e custará R$ 24,7 milhões cada uma.  Segundo a assessoria de imprensa, o governo estadual prevê que o investimento total das obras possa chegar a R$ 170 milhões.

Quatro dessas penitenciárias já tem local para construção e serão erguidas nas cidades de Tupi, Votorantim, Tremembé e Pirajuí. As demais ainda não foram definidas.

Um balanço divulgado pelo governo diz que, entre os anos de 2000 e 2007, o número de mulheres presas no estado dobrou. Em 2000 havia 4.999 mulheres presas e, em 2007, o número chega a 10.381 presas.

A meta do governo do estado é desativar as cadeias públicas femininas, subordinadas hoje à Polícia Civil, e construir, até 2010, outros 44 presídios em São Paulo, acrescentando 30 mil novas vagas ao sistema penitenciário paulista. Hoje, o estado conta com 143 estabelecimentos penitenciários, 10 deles destinados a mulheres.

De acordo com o governo e com a Defensoria Pública do estado nenhum caso semelhante ao ocorrido no Pará, em que uma adolescente ficou presa por cerca de um mês em uma cela com homens, foi registrado ou denunciado em São Paulo.