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Israel fala em 'erro técnico' em Beit Hanun e palestinos pedem ajuda à ONU
Da AFP
09/11/2006 | 18:30
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Israel reconheceu nesta quinta-feira que a matança de 18 pessoas em Beit Hanun foi um "erro técnico", enquanto os palestinos pediam ao Conselho de Segurança da ONU o envio de uma força para observar um cessar-fogo com o Estado hebraico.

Em Beit Hanun (norte da Faixa de Gaza), milhares de pessoas saíram às ruas para sepultar os mortos causados pelo ataque israelense de quarta-feira, num dia em que o Estado hebraico está em alerta por causa das ameaças de grupos palestinos de retomar os atentados suicidas.

"Foi um erro técnico, e voltamos a dizer que o lamentamos", declarou o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, segundo a rádio pública israelense.

"Ao contrário deles (os palestinos), nós nunca apontamos especificamente para civis", acrescentou.

Olmert fez estas declarações sem que o exército israelense tenha publicado os resultados da investigação das causas do massacre.

O primeiro-ministro israelense, que no domingo viajará para os Estados Unidos, também se disse "disposto a se reunir sem condições com (o presidente palestino,) Mahmud Abbas".

Na sede das Nações Unidas em Nova York, o observador palestino na ONU, Ryad Mansour, pediu nesta quinta-feira para o Conselho de Segurança condenar o que chamou de "massacres" praticados por Israel em Gaza e o envio de uma força das Nações Unidas para acompanhar o cessar-fogo entre israelenses e palestinos.

Referindo-se às mortes causadas pela artilharia israelense quarta-feira em Beit Hanun, norte da Faixa de Gaza, Mansour declarou, durante reunião de urgência do Conselho: "Isto é terrorismo de Estado. Trata-se de crimes de guerra, cujos autores devem ser responsabilizados segundo o direito internacional". "O povo palestino deve ter seus direitos, inclusive o direito à proteção da população civil sob a ocupação", disse Mansur.

O representante palestino pediu "uma investigação do massacre  e uma força de observadores da ONU para vigiar um cessar-fogo".

Mansur fez estas declarações durante uma sessão de emergência do Conselho de Segurança solicitada pelo Qatar, único membro árabe do Conselho, em nome dos membros árabes da ONU.

O Qatar apresentou na quarta-feira um projeto de resolução que condena o "massacre" israelense em Beit Hanun e pede um "cessar-fogo imediato" entre israelenses e palestinos, assim como o envio de uma força de observadores da ONU e uma investigação da matança.

O projeto também pede para a comunidade internacional, inclusive o quarteto para o Oriente Médio --Estados Unidos, Rússia, ONU e União Européia --, agir imediatamente para ajudar o processo de paz na região.




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