“O Mercosul pode oferecer até 80% de redução de impostos em sua proposta comercial, enquanto a CAN só pensa na possibilidade de 20% de cortes em seus produtos que fazem parte do intercâmbio bilateral com o bloco mais ao sul”, disse uma fonte ligada às negociações que pediu anonimato.
Os chanceleres do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e da Can (Bolívia, Peru, Venezuela, Equador e Colômbia) se reuniram na segunda-feira na sede do primeiro bloco em Montevidéu, na tentativa de impulsionar as negociações de livre comércio iniciadas há oito anos.
O diretor uruguaio do Mercosul e Integração, Gustavo Banerio, disse, antes da reunião, que entre o Mercosul e a Can “os problemas continuam desde que se começou as negociações, até agora sem muitos avanços”.
“Há obstáculos muito complicados de serem superados em todo o processo de negociações”, ressaltou Banerio.
“A situação é complexa, pois os andinos pretendem estabelecer uma lista de mais de mil produtos e pedem a redução das tarifas alfandegárias em alguns setores que durariam até 2015”, frisou Banerio.
Contudo, os participantes da reunião de chanceleres dos dois blocos econômicos ressaltaram a vontade política de ambos os lados de prosseguir com a iniciativa.
Uma eventual área de livre comércio entre a Can e o Mercosul criaria um espaço comercial de 340 milhões de consumidores e com mais de US$ 900 bilhões de PIB (Produto Interno Bruto).
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