Os dirigentes sindicais decidiram levantar a greve apenas depois que Mahuad anunciar até quando manterá congelado o preço da gasolina. A oposiçao pediu que seja por dois anos, mas o governo disse que seria até dezembro.
Quito e outras cidades continuavam nesta quinta-feira pelo décimo dia consecutivo sem transporte público com a populaçao sendo obrigada a ir para o trabalho a pé, de bicicleta ou caminhao. A polícia dispersou com bombas de gás lacrimogêneo esporádicas manifestaçoes de rua.
Centenas de camponeses índios chegaram a Quito como participantes de uma marcha de apoio à greve contra o governo. Forças policiais e militares tentaram impedir a passagem dos índios colocando barreiras de arame farpado nas estradas de acesso à capital, mas os manifestantes usaram outros caminhos pelas colinas para chegar à cidade.
Mahuad anunciou quarta-feira à noite, inesperadamente, o cancelamento do aumento de 13% da gasolina que levou os taxistas à greve, que logo se estendeu aos motoristas de ônibus. O presidente disse que a decisao representa um sacrifício para os cofres públicos, que obtêm divisas com a venda de petróleo pelo consórcio estatal Petroecuador, mas que a tomara ``em nome da harmonia entre os equatorianos'
Por outro lado , Mahuad disse que o governo tinha informaçoes de que por trás da greve, marcada por episódios de violência, há pessoas ``tentando desestabilizar a ordem democrática'. O presidente deu a entender que se referia a líderes da direita, que nos últimos dias exigiram, publicamente, sua renúncia, entre eles o ex-presidente conservador León Febres Cordero e os ex-candidatos à presidência Jaime Nebot e Alvaro Noboa.
Mahuad disse que essa suposta conspiraçao tinha sido confirmada pelo Departamento de Estado americano que, se referindo à convulsao social no Equador, disse quarta-feira que políticos equatorianos estavam agindo ``de maneira irresponsável... para pressionar ou para desestabilizar o governo democraticamente eleito'.
Mahuad acusou o sindicato dos taxistas de estar financiado para ficar em greve com seus carros bloqueando ruas de Quito e outras cidades. Os incidentes de violência registrados até agora entre grevistas, policiais e militares deixaram um civil morto, cerca de 20 feridos e mais de 500 detidos.
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