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Fiat quer exportar via Belo Horizonte
Do Diário do Grande ABC
02/07/2000 | 19:20
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A Fiat do Brasil está disposta a mudar o trajeto da exportaçao de todo o grupo. Ao invés de embarcar peças pelos aeroportos do Rio de Janeiro, de Sao Paulo e do Espírito Santo, a montadora e as empresas do grupo planejam fazer toda a operaçao pelo Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, regiao metropolitana de Belo Horizonte. A Fiat é a maior exportadora do país. No ano passado, o volume de exportaçao de peças foi de US$ 1,5 bilhao.

Interessada em incentivar a movimentaçao no Aeroporto Tancredo Neves - cujo aproveitamento é muito abaixo da capacidade - a diretoria da Fiat do Brasil engrossa o coro do movimento 'Pró-Confins', articulado por um grupo de empresários e de representantes do governo mineiro que luta para viabilizar o incremento do aeroporto, principalmente dos vôos de carga internacionais.

Para tanto, a própria Fiat do Brasil já prepara a realizaçao do 1º Seminário de Logística do Aeroporto Tancredo Neves, que deverá ser realizado em setembro próximo. O diretor de assuntos corporativos da Fiat do Brasil, José Eduardo de Lima Pereira, explica que o objetivo desse seminário é mostrar que existe demanda para os vôos internacionais em Confins. "O aeroporto é comprovadamente um dos melhores do mundo em termos de segurança e localizaçao. E, o mais importante, tem demanda suficiente para operar com um maior número de vôos", argumenta Pereira. O seminário irá reunir os interessados no processo, como representantes da Infraero, exportadores e importadores da regiao, transportadoras aéreas e entidades de classe.

Em Confins, o aeroporto tem capacidade para transportar 40 mil toneladas de cargas, mas só executa 20 mil. A movimentaçao de passageiros poderia ser de cinco milhoes por ano, mas em l999 este número nao passou de um milhao de passageiros. As exportaçoes efetuadas através do Tancredo Neves no ano passado representaram US$ 7 bilhoes, atingindo três mil exportadores. A importaçao ficou em US$ 4 bilhoes, com 2,5 mil importadores. A evasao fiscal estimada pelo governo é de R$ 150 milhoes.




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