O julgamento do dissídio coletivo dos trabalhadores de TI (Tecnologia da Informação) foi adiado e não acontecerá hoje, conforme previsto pelo Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação) na semana passada.

Segundo o presidente da entidade, Antonio Neto, a juíza encarregada do caso não conseguiu ‘encaixar' a demanda em meio aos demais julgamentos já agendados. "A expectativa é que a audiência ocorra até o fim deste mês, já que nossa data-base é em 1º de janeiro", afirma.

Os julgamentos costumam acontecer às quartas-feiras, nesse caso, as possibilidades é que a audiência aconteça ou no dia 20 ou no 27, para que cumpra o calendário. Caso a audiência não seja marcada para a próxima semana, o julgamento corre risco de não acontecer, mais uma vez, já que no dia 27 os juízes federais marcaram uma paralisação nacional, reivindicando aprovação de um reajuste de 14,79% aos magistrados.

CASO - Desde o início do ano, a categoria de TI vem tentando negociar as cláusulas que compõem a pauta de reivindicações deste ano, junto as empresas. Porém, como não houve acordo entre as partes, os funcionários decretaram greve, e o caso foi parar no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e será julgado.

A decisão atinge cerca de 90 mil profissionais no Estado de São Paulo, nas 7.800 empresas, que concentram quase metade da categoria no Brasil. O Grande ABC corresponde a cerca de 15 mil trabalhadores.

Vale lembrar que as reivindicações iniciais feitas pelos profissionais foram de 11,9% de aumento salarial linear, desenvolvimento de plano de PLR (Participação nos Lucros e Resultados), auxílio-refeição de R$ 15 por dia e ampliação de pisos. Enquanto que as empresas ofereceram aumento linear de 7,5%; vale-refeição de R$ 8 para as empresas com mais de 200 empregados e aumento de 9% para os pisos.

"Nosso dissídio está muito bem embasado tecnicamente. Agora o caso está nas mãos da Justiça e estamos confiantes que conquistaremos grande vitória", analisa Neto.