A sete dias da virada do ano, o Governo Federal ainda não consolidou o valor total previsto no Orçamento, de R$ 1,663 trilhão. Até dia 20, apenas R$ 1,1 trilhão haviam sido saldados, ou seja, 64,03% dos recursos. A peça orçamentária de 2006 foi aprovada em março.

Apenas nove rubricas ficaram acima dos 90% de execução orçamentária. A que mais recebeu, até 20 de dezembro – segundo informações do site www.contasabertas.com.br, que divulga em tempo real a execução dos gastos da União – foi a Presidência da República. Foram 97,22% ou R$ 3,043 bilhões.

Na seqüência, aparecem o Ministério da Fazenda – principal Pasta da União, regida pelo economista Guido Mantega (96,21% ou R$ 11,3 bilhões), o Supremo Tribunal Federal (92,81% ou R$ 575,4 milhões), Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (92,17% ou R$ 20 bilhões), Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (91,57% ou R$ 938 milhões), Ministério da Previdência Social (91,42% ou R$ 153,8 bilhões), Senado Federal (90,95% ou R$ 2,459 bilhões), Justiça do Trabalho (90,31% ou R$ 7,695 bilhões) e, por fim, a Justiça Militar da União (90,20% ou R$ 207 milhões).

O restante das pastas não atingiram o patamar de 90%. Algumas até chamam a atenção exatamente pelo valor baixo de verbas destinado até dia 20.

Nesse quesito, a rubrica que menos recebeu – em porcentuais – foi a do Ministério de Minas e Energia, com apenas 13,82% ou R$ 609 milhões. A dotação autorizada pela União foi de R$ 4,4 bilhões. Outras três áreas tiveram pouca destinação de recursos até a semana passada. Caso do Ministério das Cidades, que desempenha papel fundamental de interface entre as cidades e o governo federal. Dos R$ 5,062 bilhões autorizados, foram pagos apenas R$ 1,11 bilhão, ou 21,93% do total.

Grave é também a situação do Ministério das Comunicações que, até agora, recebeu apenas 22,63% do autorizado pelo governo (R$ 921 milhões de R$ 4,072 bilhões). Por fim, o Ministério do Esporte aparece com 23,31% dos recursos saldados (R$ 230 milhões de R$ 989 milhões).