Política Titulo Apoio explícito
PSDB-SP assegura
Alckmin com Salles

O diretório tucano consolida a convenção em Santo André
e garante a presença do governador no palanque pedetista

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
03/07/2012 | 07:48
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Por votação unânime, o diretório estadual do PSDB sacramentou ontem a decisão da executiva tucana de Santo André, que, em convenção no sábado, deliberou por indicar o vice Ricardo Torres na chapa majoritária do candidato ao Paço pelo PDT, Raimundo Salles. Após a apreciação, a cúpula, de quebra, anunciou que o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), participará efetivamente da empreitada eleitoral na cidade, subindo ao palanque pedetista no lançamento oficial da campanha, em agosto.

O presidente do diretório paulista, Pedro Tobias, salientou que Alckmin é "homem de partido", que não se furta em contribuir para eleger os projetos nos quais o PSDB está encampado. "Ele nos ajudará nessa caminhada", adiantou.

Secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas corroborou, enfatizando o caráter de militante partidário de Alckmin. Comandante da executiva municipal, Torres garantiu que nunca houve dúvida do posicionamento do governador. "Temos o respaldo da estadual, bem calçados para ter sua adesão na campanha."

O prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), que pretendia contar com o PSDB na coligação e perdeu a chance às vésperas da convenção, projetou obter o apoio do chefe do Palácio dos Bandeirantes pela parceria firmada na cidade durante sua gestão e pelo fato de entrar na campanha estadual de 2010 em favor de Alckmin. "Não há dever de retribuição. Primeiramente em razão de a gente tê-lo apoiado no segundo turno em 2008. Por isso, essa dívida não existe", citou Bruno Covas. "A adesão do governador a outro projeto está fora de cogitação", disse Torres.

Considerando a atração do governador junto ao eleitorado conservador de Santo André, Salles avaliou que a inserção de Alckmin no seu palanque será fator de influência, em especial, sobre a candidatura governista, encabeçada por Aidan. "O Tobias mostrou-se magoado com a falta de palavra do prefeito. A partir disso, a relação fica abalada, pois deixou de cumprir o acordo (de abrir o posto de vice ao PSDB). Perdeu a credibilidade com os componentes de São Paulo."

Agora, a aliança entre PDT e PSDB fica totalmente legitimada por passar pelo crivo de todas as instâncias cabíveis: na municipal, convenção e diretório de São Paulo - responsável por referendar ou não a definição local, quando não se segue a resolução partidária de homologar candidatura própria em cidades com mais de 100 mil habitantes. A estadual tucana é composta por 18 integrantes, sendo três vogais. Com a definição, o partido consolida a dobrada ao lado do PDT, que será encaminhada à Justiça Eleitoral na quinta-feira.

Ao colocar na balança o novo acordo, Tobias sustentou que "quando há palavra, não precisa nem de documento". Segundo ele, a cúpula estadual está na campanha como se o PSDB estivesse na cabeça da chapa. "Vamos bater de porta em porta, como numa campanha de vereador, gastando a sola de sapato."

 

Para a estadual, o PDT apresentou a melhor proposta

A executiva de São Paulo analisou que a proposta oficial do PDT foi a melhor apresentada ao partido. O secretário de Meio Ambiente do Alckmin, Bruno Covas, enfatizou que o projeto político pedetista mostrou viabilidade para a cúpula. "Nós acatamos a decisão justamente por conta de a municipal, que vive a cidade, considerar nesse momento a opção que nos ajudaria a implementar as nossas propostas."

O PDT possui proximidade no âmbito estadual com o tucanato. A Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho está nas mãos do pedetista, Carlos Ortiz.

Para conquistar a adesão do PSDB, Salles garantiu que vai repartir a administração metade a metade. "Se tiver 18 secretarias, nove são do PSDB." Além da divisão, o prefeiturável trocou o vice pela terceira vez. Antes de abrir para Torres, ele havia acertado com Edgard Brandão Júnior (PSC) e Cícero Firmino, o Martinha (PDT).




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