Durante seu discurso de posse, Ziller disse que vai lutar pela universalização dos serviços de comunicações e pela inclusão digital no país. Ele também elogiou o marco regulatório do setor, que considerou eficiente e eficaz, e a última renovação dos contratos de concessões da telefonia fixa, que privilegia a empresa que oferece tarifas menores ao consumidor. Segundo ele, "quando se fala em equilíbrio financeiro, se fala na empresa, no consumidor e no governo”.

Ziller vai substituir Luiz Guilherme Schymura de Oliveira. Ele ficará na presidência da agência por um ano, mas como conselheiro tem mandato de cinco anos.

Questionado se a troca na presidência da agência reguladora antes do término do mandato de Schymura, que vencia em 2005, teria interferido na independência da Anatel, o novo presidente respondeu que a troca já está prevista na legislação das agências reguladoras. “A troca da presidência é um ato de vontade da Presidência da República. Não há nenhuma troca fora da lei”.

Ele disse que os investidores podem ficar tranqüilos já que a política de telecomunicações será mantida. Ziller revelou que, na próxima semana, a Anatel pretende colocar em consulta pública os Planos de Outorgas e Metas de Universalização do novo serviço público, que visam a levar a internet de alta velocidade para escolas, hospitais e bibliotecas públicas.

Após a transmissão de cargo, Schymura confirmou sua saída do conselho da agência reguladora. Ele disse que já enviou seu pedido de renúncia ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Schymura argumentou que, quando foi indicado pelo governo de Fernando Henrique Cardoso para a Anatel, só iria para agência se fosse para a presidência. Saindo da presidência, não vê mais sentido em permanecer na agência. Ele vai voltar para a Fundação Getúlio Vargas.

Com Agência Brasil