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OCDE diminui suas previsões para 2008, mas se mantém otimista
Da AFP
06/12/2007 | 11:25
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A OCDE diminuiu de 2,7% a 2,3% suas previsões de crescimento da economia mundial para 2008, mas conserva seu otimismo e acredita que a crise imobiliária nos Estados Unidos não provocará uma recessão nesse país.

Para o Brasil, que não faz parte da entidade, a OCDE previu que o PIB (Produto Interno Bruto) crescerá 4,8% em 2007 e 4,5% em 2008 e em 2009, graças a uma explosão dos investimentos e do consumo privado, apoiados por uma progressão do crédito e das rendas.

Há seis meses, a OCDE avaliou que o crescimento econômico do Brasil seria de 4,4% em 2007 e de 4,5% em 2008. Em suas previsões anteriores para seus 30 membros, difundidas em maio passado, a OCDE antecipava um crescimento de 2,7% do PIB para 2007, cifra que permanece sem alterações e agora, além disso, prevê um ritmo de 2,4% para 2009.

"Apesar do crescimento em curto prazo ser revisado em baixa em quase toda a zona OCDE, o cenário de referência não é tão desfavorável, levando em conta os choques recentes", afirma a OCDE em seu relatório semestral sobre as perspectivas econômicas.

A organização, que reúne os 30 países ocidentais economicamente mais desenvolvidos, prevê igualmente uma "correção acelerada do setor da habitação nos Estados Unidos que pesará sobre o crescimento em curto prazo, mas não provocará uma recessão e só terá um impacto moderado sobre o desemprego".

A OCDE, que até maio passado previa um crescimento do PIB nos Estados Unidos de 2,5% para 2008, revisou agora suas previsões e só espera 2% para o próximo ano e uma queda de a 2,2% em 2009. Para este ano, em compensação, aumentou ligeiramente seu prognóstico de 2,1% a 2,2%.

Para a zona euro, também se adverte uma marcada revisão em baixa com apenas 1,9% para 2008 (contra 2,3% há apenas seis meses) e manteve a previsão de 2,6% para 2007. Para 2009 espera um crescimento de 2,0%.

Em relação à Espanha, em particular, o crescimento será de 2,5% em 2008. Essa cifra marca uma sensível diminuição em relação à previsão de 3,6% formulada há apenas seis meses.

A OCDE calcula que o crescimento econômico vai se ver freado em 2008 e 2009 devido ao retrocesso na construção de moradias e prognostica uma perda rápida depois de anos de um grande dinamismo. Assim, em 2007, o PIB espanhol avançará 3,8%, retrocerá 2,5% em 2008 e será de 2,4% em 2009.

O México, por sua parte, registrará um crescimento de 3% este ano, de 3,6% em 2008 e de até 4,3% em 2009. Há seis meses, a organização havia previsto um crescimento de 3,4% do PIB em 2007 e 3,7% em 2008.




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