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Fundo cambial é líder em rentabilidade
Patricia Eloy
Do InvestShop.com
07/04/2001 | 18:58
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A queda acentuada da bolsa eletrônica norte-americana Nasdaq e as crises política e econômica da Argentina trouxeram turbulência ao mercado em março, mas acabaram impulsionando a rentabilidade dos fundos cambiais, já que os investidores buscaram proteção no dólar. Com isso, os cambiais foram os líderes em rentabilidade no mês, com valorização média de 4,05% (brutos), de acordo com dados da Associação Nacional de Bancos de Investimento (Anbid) até o dia 27 de março.

Na segunda colocação do mês aparecem os fundos DI, que mantiveram sua performance estável graças à alta da taxa básica de juros (Selic), e garantiram aos investidores uma média de ganhos de 1,04% (brutos) no período. Segundo Alexandre Suarez, gestor de derivativos da Máxima Asset Management, o resultado já era esperado. “Em cenários de instabilidade, o mercado procura proteger-se por meio da moeda mais forte, a norte-americana. Já o DI não tinha mesmo como apresentar rentabilidade superior, pois é conservador e passivo demais, não tendo posições especulativas dentro do portfólio”, disse.

Para o longo prazo, bolsa e renda variável são indicados. O cenário conturbado também não foi favorável às aplicações em renda variável. Na prévia de março, os fundos de ações tiveram rentabilidade negativa de 3,45%. Para Suarez, o investimento não será atraente no curto prazo. “Esse é o momento de entrar na bolsa, mas os resultados devem demorar para aparecer. Aconselharia o investidor a iniciar agora suas posições em renda variável, mas sem esperar rentabilidade imediata”, afirmou.

De acordo com o ranking da Anbid, os investimentos em renda fixa tiveram rentabilidade média de 0,91% em março. Já os fundos livres tiveram valorização de 0,68% no mês, enquanto os do tipo multicarteira também tiveram uma pequena perda de 0,49%, ocasionada pelo mau desempenho da bolsa.

Acumulado – No acumulado do ano, todos os investimentos têm rentabilidade positiva. Os cambiais são campeões não só em março, mas também no acumulado dos doze meses, com valorização de nada menos que 10,51%. Já os fundos DI, que acumulam ganhos brutos de 3,27% ainda perdem por pouco da renda fixa, cuja rentabilidade em 2001 é de 3,34%. Já os fundos livres renderam em média 3,3% no ano enquanto a rentabilidade acumulada dos multicarteiras foi de 2,7% e dos fundos de ações, 2,01%.

Segundo o gestor, a indefinição do cenário mundial deve continuar favorecendo os investimentos em fundos cambiais. “Eles devem ter rentabilidade expressiva também em abril, ficando, mais uma vez, entre as aplicações com maior valorização”, disse. Suarez acredita que mesmo em um cenário de queda de juros e calmaria nas bolsas, os investimentos em cambiais serão interessantes. “Eles não devem decepcionar.”




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