De acordo com o médico Virgílio Antônio Rensi Couturato, que coordenou a equipe médica, a paciente V.B.C., 9 anos, era portadora de leucemia linfóide aguda e aguardava há um ano por um doador compatível.
Couturato disse que a menina recebeu alta 24 dias após a realização do procedimento e que está em bom estado geral. A paciente vai continuar fazendo avaliações clínicas e laboratoriais semanalmente.
O sangue do cordão umbilical compatível utilizado no transplante foi encontrado entre os 700 cordões armazenados no Banco de Cordão Umbilical do Inca (Instituto Nacional do Câncer). O procedimento utiliza o sangue que é drenado do umbigo e placenta.
Esse sangue é processado para retirada do excesso de glóbulos vermelhos e enviado ao banco, onde é congelado. Após essa etapa, o material é armazenado a 196º C negativos e válido por até 20 anos.
O país sempre teve que recorrer a amostras de sangue em bancos do exterior e, segundo Couturato, o custo é alto. O médico destacou que o desenvolvimento do banco de cordão umbilical é importante, pois possibilita uma disponibilidade imediata de sangue de cordão para a realização do transplante de medula óssea, caso tenha compatibilidade.
"Esperamos que o sucesso deste procedimento estimule cada vez mais o hábito de doar", destacou o médico à Agência Brasil.
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