A advogada Ana Maria Olivatto, encontrada morta a tiros em Guarulhos, São Paulo, na manhã desta quarta-feira, defendia Petronilha Maria de Carvalho Felício, 51 anos, mulher do preso José Márcio Felício, o Geleião, um dos líderes do PPC.
Segundo informações policiais, Ana Maria, 45 anos, foi baleada na garagem de seu prédio por volta das 11h30 desta quarta. Uma testemunha, que tem a identidade mantida em sigilo, informou que o criminoso atirou três vezes contra a advogada, mas só acertou dois disparos. Ela foi levada ao Pronto-Socorro de Bonsucesso, onde morreu.
A Secretaria de Segurança Pública informou que Ana Maria acompanhou o depoimento de Petronilha realizado nessa terça no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). A mulher foi presa durante investigação da polícia sobre o atentado que estava sendo planejado contra a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
Ana Maria era ex-mulher do presidiário Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, também integrante do PCC. Ela conheceu o criminoso dentro da Casa de Detenção, no Complexo do Carandiru, e se apaixonou por ele. O casal se separou em 1997, mas ela continuou atuando como defensora de integrantes da facção criminosa.
Segundo Bittencourt, a polícia considera a hipótese do assassinato de Ana Maria estar ligado a um desentendimento entre os líderes do PCC, que teriam posições diferentes sobre a prática de atentados no Estado. “Nós não sabemos o porquê, se é um problema de tráfico de drogas ou se é de comando”, disse.
Bittencourt ainda disse que o incidente com os seguranças do filho de Alckmin tem “90% de chances” de ser uma tentativa de assalto, enquanto a morte de Ana Maria tem características de uma execução. O Deic também informou que vai considerar todas as hipóteses possíveis para o assassinato da advogada, menos a de roubo.
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