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Polícia Civil investiga degola de 11 emas no Simba Safári
23/09/2010 | 09:44
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A Polícia Civil investiga a morte de 11 emas no parque Zoo Safári (antigo Simba) de São Paulo. As aves de grande porte foram encontradas com pescoços cortados e cabeças arrancadas, na madrugada do último domingo, pelos funcionários do local, mas a polícia só foi avisada três dias depois.

O caso ocorre seis anos depois que 56 animais foram envenenados no zoológico, que tem entrada para o Zoo Safári. O mistério da morte das emas foi informado anteontem ao 83º Distrito Policial pelo chefe daquela seção do parque, José João Gomes, 39 anos. Gomes chegou às 12h30 ao distrito e contou aos policiais que no sábado à noite e na madrugada de domingo funcionários do antigo Simba viram "três cães vira-latas" invadirem o parque. Os cachorros teriam atacado as emas, "digerindo" os bichos. De acordo com Gomes, os funcionários tentaram impedir o ataque, mas não conseguiram. Não sobrou nenhuma ema no parque.

Na segunda-feira passada, os mesmos cães teriam sido vistos rondando um posto de saúde próximo da delegacia. Gomes tentou saber quem seria o proprietário dos cachorros, mas não conseguiu descobrir. Ele afirmou que os animais ainda estariam à solta na região.

A polícia, entretanto, acredita que é preciso apurar melhor essa versão dos funcionários. Eles querem saber se é possível que apenas três cães vira-latas consigam matar 11 emas - as maiores aves brasileiras, podendo chegar a 1,60 m e correr a até 60 km/h em situações de perigo.

Policiais querem saber ainda a razão da demora da Fundação ParqueZoológico de São Paulo - responsável pelo zoológico e pelo Safári - em avisar o distrito sobre as mortes. A fundação enviou informações sobre o caso ao Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura para que sejam localizados os cães que supostamente teriam matado as aves.

Peças fundamentais para a investigação, os cadáveres das emas foram destinados à compostagem, antes mesmo que o zoológico registrasse a ocorrência no 83.º DP. Assim, não será possível fazer necropsias, que poderiam determinar o modo e as causas da morte, ainda obscuras para a Polícia Civil. De acordo com o diretor técnico-científico do Zoológico, João Batista Cruz, os procedimentos são de praxe. "Nossos técnicos são registrados e têm competência para fazer a perícia", disse. A reportagem pediu cópia dos laudos, mas a resposta foi negativa. Segundo ele, é obrigação da fundação enviá-los somente ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e não à polícia.




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