Economia Titulo Tendência
Jovens consideram que produzem mais de casa
Alexandro Mello
Do Diário do Grande ABC
16/11/2011 | 07:17
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Ficar horas trabalhando no escritório não é mais o desejo dos jovens. Dados do relatório Cisco World Technology apontam que, de 2.800 universitários ouvidos em 14 países, 70% deles acham desnecessário estar na empresa regularmente, com exceção de uma reunião importante, para exercer a sua função. Entre os 100 brasileiros ouvidos, esse número salta para 90%.

Para os estudantes, a produtividade aumentaria caso tivessem a permissão para trabalhar em casa ou remotamente. O estudo identificou que a valorização da flexibilidade no emprego, mobilidade e estilos de trabalho não convencionais atraem cada vez mais a próxima geração.

 

TRABALHO REMOTO - No mundo, três de cada dez entrevistados creem que ao iniciar a carreira terão direito de poder trabalhar a partir de outros locais com um cronograma maleável. Atualmente, 84% dos profissionais podem se conectar à rede corporativa remotamente, mas somente 44% podem fazê-lo a qualquer momento e de qualquer lugar.

 

TECNOLOGIA - Segundo a companhia, as descobertas do estudo fornecem uma percepção real sobre como as comunicações corporativas estão mudando. A próxima geração de profissionais e suas demandas por tecnologia vão influenciar as decisões na empresa, contratação e novo cenário que equilibra trabalho e vida pessoal.

A pesquisa mostra ainda que percentual de 86% dos estudantes brasileiros gostaria ainda que os dispositivos fornecidos pelas empresas fossem usados pessoal e comercialmente. Nos demais 13 países, essa percepção cai para 71%. Outros 81% têm vontade de escolher o equipamento para seu trabalho, seja recebendo verba para comprá-lo ou trazendo um pessoal, além do fornecido pela companhia.

 

MÍDIA SOCIAL  - Pode parecer estranho, mas para os profissionais da nova geração, a liberdade para acessar as redes sociais prevalece até mesmo sobre as propostas de trabalho. A pesquisa encomendada pela empresa de tecnologia Cisco aponta que 74% dos jovens brasileiros recusariam proposta de empresa que proíbe acesso às comunidades. Este número está acima da média mundial, que atingiu 56%.

Outro dado curioso é que o dinheiro não está entre as prioridades desses trabalhadores, visto que dos 100 entrevistados no País, 44% aceitariam remuneração menor apenas para ter acesso às mídias sociais.

No entanto, mesmo com as grandes companhias se tornando maleáveis em relação ao uso do Facebook, Google+, Twitter e Orkut durante o horário de trabalho, especialistas em Recursos Humanos orientam que os acessos devem ser regrados. O ideal é seguir a política apresentada no momento da contratação.

O funcionário também deve ter cuidado com a ética ao utilizar o e-mail corporativo para questões pessoais e falar em nome da empresa por meio das redes sociais. Isso para que mensagens com conteúdo indevido não sejam lançadas na internet e replicadas.

 




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