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Palocci: Congresso deve 'mudar para melhor' as reformas
Do Diário OnLine
21/07/2003 | 14:44
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O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, defendeu que o Congresso Nacional "mude para melhor" as propostas de reformas da Previdência e tributária, desde que não existam alterações na "coluna vertebral" das exigências do governo – especialmente no caso da Previdência. Palocci foi entrevistado na manhã desta segunda-feira pelo programa 'Bom Dia Brasil', da Rede Globo de Televisão, em Brasília.

"É lógico que nenhum governo pode esperar que ao enviar as propostas de reforma da Previdência e tributária, que são importantes, que o Congresso Nacional apenas assine embaixo. É natural que haja aperfeiçoamento, mudanças. Nós vamos trabalhar para que as mudanças sejam para melhorar, aperfeiçoar os textos enviados. Nós temos de confiar que o Congresso Nacional possa contribuir com as reformas, introduzindo alterações positivas", afirmou Palocci.

"O relator (deputado José Pimentel) fez uma primeira manifestação particularmente positiva, que não compromete a coluna vertebral da reforma, e esperamos que Congresso conduza ela assim. Se realmente for modificado o centro do projeto, que é a criação da nova previdência, aí não teremos reforma previdenciária. Mas eu não acredito que o Congresso fará isso. Pelo contrário, acho que ele pode aperfeiçoar as duas reformas", avaliou o ministro.

Apesar de admitir mudanças das propostas no Congresso, Palocci avisou que o governo "não negocia" o ponto fundamental da reforma da Previdência, que é a criação de um novo sistema para reger as aposentadorias e pensões. Nem a pressão do Judiciário – que ameaça iniciar uma greve nesta semana – mudará a disposição do governo sobre a reforma. "Se nós queremos um futuro de investimento e estabilidade social, é preciso fazê-la. Não é possível aposentar o trabalhador com 48 ou 55 anos. Nós até gostaríamos, mas não é possível. Os servidores precisam entender que a reforma é para prestigiá-los, não para tirar os direitos deles."

Prazo- José Pimentel (PT-CE) afirmou que se houver quórum na Câmara nesta segunda e na terça-feira, o relatório da reforma pode ser votado pela comissão da Previdência ainda na quinta-feira.




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