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Juninho Fonseca critica 'status' europeu da Copa
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
12/06/2010 | 07:57
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Com a experiência de quem já integrou a Seleção Brasileira em um mundial (1982 na Espanha), o ex-zagueiro Juninho Fonseca criticou a "internacionalização" do Brasil e de outras seleções neste Mundial. Para ele, a Copa da África do Sul é "européia".

"Dos cerca de 700 atletas (736 ao todo) que vão disputar a Copa, quase 600 (553) atuam na Europa. É o Mundial da Europa. No Brasil há bons jogadores que podiam estar lá . Infelizmente, fico com a sensação de que vou comer apenas a segunda parte do jantar. Ficamos à mercê de torcer para o que foram", desabafou.

Para Juninho, o meia Paulo Henrique Ganso e o atacante Neymar, do Santos, deveriam ter tido a oportunidade de estar com o elenco de Dunga.

"Mais até o Ganso do que o Neymar. E não acho que deviam ir para ganhar experiência, como dizem por aí. Essa coisa de experiência não existe no futebol. Só se pode falar se não tivessem participado de nada. Os caras (Ganso e Neymar) foram campeões paulistas e o time deles está na final da Copa do Brasil. Quer mais experiência que ser campeão paulista?", questionou.

Na época em que defendeu a Seleção, Juninho atuava na Ponte Preta e avalia que, embora tal fato ajude a impulsionar a carreira de um atleta, não foi determinante para a transferência, já no ano seguinte, para o Corinthians.

"Antes mesmo daquela Copa já tinha recebido proposta de outros clubes, mas preferi seguir na Ponte porque sou ponte-pretano. A ida para o Corinthians não teve nenhuma relação com o fato de ter servido a Seleção", comentou Juninho. Ele defendeu o Timão de 1983 a 1985. Logo no primeiro ano foi campeão paulista.

Juninho garante não ter ficado nenhum trauma pela eliminação do Brasil diante da Itália (derrota por 3 a 2, com três gols de Paolo Rossi) na Espanha. "Encaro com naturalidade. Quem está na Seleção está acostumado a decisões. É só pegar as estatísticas, não é fácil vencer a Itália, a Argentina. O jogador vai para campo sabendo o que tem de fazer. No mais, é jogar."

Na avaliação do atleta, o ponto-chave para um bom início de Copa é estar relaxado. "A ansiedade é positiva para alertar, mas quanto mais natural o jogador estiver é melhor. O mistério é só durante o jogo."

Juninho considera o Brasil favorito ao título, ao lado de Itália, Alemanha e Argentina. "França e Inglaterra colocaria num segundo patamar."




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