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Trânsito é 2ª principal causa de morte
Por Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
25/04/2007 | 07:02
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Acidentes de trânsito são hoje a segunda principal causa de mortes por causa externa entre 5 a 25 anos, atrás apenas dos homicídios. O dado é da Organização das Nações Unidas, que faz uma previsão assustadora sobre o assunto: caso não sejam adotadas medidas para reverter o quadro, o trânsito se transformará até 2030 na oitava maior causa de morte no mundo.

Uma das explicações para esse fenômeno pode estar relacionada ao aumento de frota de motocicletas. “É um veículo acessível para os jovens, que geralmente tem pouco dinheiro no bolso. Apesar de consumir pouco combustível, ela garante alta velocidade e é um veículo mais inseguro disponível hoje no mercado”, afirma o sociólogo Eduardo Biavatti, que trabalhou 13 anos no Hospital Sarah Kubitscheck de Brasília, referência no País em reabilitação motora e ortopédica.

Preocupada com esse cenário, a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), braço da OMS (Organização Mundial da Saúde) para a América, promove até dia 29 em sua sede, em Washington, nos Estados Unidos, uma série de debates para discutir segurança viária.

Segundo a organização, morrem por ano cerca de 1,2 milhão de pessoas no mundo por conta de acidentes de trânsito e entre 20 milhões e 50 milhões ficam incapacitadas. Estima-se que os acidentes custem US$ 518 bilhões – pouco mais de R$ 1 trilhão. Em países em desenvolvimento como o Brasil, essa conta representa uma fatia entre 1% e 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto).

“Se movimentar em uma cidade como São Paulo é difícil. São mais de 5 milhões de veículos, mais de 11 milhões de pessoas. Para evitar conflitos, é necessário mudar alguns comportamentos”, afirma Cássio Figueiredo, coordenador de desenvolvimento de programas e políticas de saúde da Prefeitura de São Paulo. A principal mudança seria a educação no trânsito.

“É possível prevenir os acidentes de trânsito. A tendência é de se acreditar que o acidente foi furtuito, uma vontade de Deus, mas não é bem assim. É preciso investir em conscientização, mesmo porque a perspectiva no mundo não é de que todos viraremos pedestres, mas sim que nos tornaremos motoristas”, diz o sociólogo Eduardo Biavatti.




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