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Piva critica declaraçao de Clinton sobre trabalho infantil
Do Diário do Grande ABC
06/12/1999 | 14:52
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O presidente da Federaçao das Indústrias do Estado de Sao Paulo (Fiesp), Horácio Lafer iva, criticou a declaraçao do presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, durante reuniao da Organizaçao Mundial do Comércio (OMC), realizada na semana passada, em Seattle, condenando o trabalho infantil na indústria calçadista brasileira.

Segundo Piva, essa é uma manifestaçao de absoluta desinformaçao do governo americano, uma vez que o Estado de Sao Paulo já eliminou o trabalho infantil há muito tempo. "Melhor seria se os Estados Unidos tivessem ajudado nas negociaçoes da rodada, que foi um fracasso, justamente pela falta de empenho do governo americano", disse Piva.

O presidente da Fiesp disse que, infelizmente, as palavras de Clinton podem custar bilhoes de dólares para a indústria calçadista.

Piva afirmou que a rodada de Seattle era extremamente importante para as exportaçoes brasileiras. Segundo ele, a expectativa era que o País ampliasse em US$ 20 bilhoes as suas exportaçoes, a partir da reuniao da OMC. Apesar disso, Piva acredita que o desfecho do encontro nao deve comprometer a meta de exportaçoes traçadas pelo governo, desde que empresários e governo trabalhem mais para superar as burocracias que emperram as exportaçoes brasileiras.

FMI - O presidente da Fiesp considera positiva a oportunidade de revisoes do acordo com o FMI, mas teme que o monitoramento focado nas metas inflacionárias possa ameaçar o processo de reduçao dos juros, que vem acontecendo ao longo do ano. Segundo Piva, o lado positivo da quarta revisao do acordo com o FMI, discutido na semana passada, é ofato de o Brasil estar sendo levado a se preocupar mais com os seus resultados e índices.

Entretanto, acrescentou ele, há o lado negativo na revisao, que é a clara interferência do FMI nas contas nacionais. Segundo ele, essa interferência pode criar "constrangimentos" pelo fato de o FMI desconhecer a realidade social do Brasil. Isto, segundo Piva, pode representar um risco social muito grande para o País. "Aprovo as revisoes, desde que sejam feitas pelo lado da flexibilizaçao, e nao do endurecimento. O País nao tem mais espaço para ver o endurecimento das imposiçoes do FMI".




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