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Volvo lança o FH12 Globetrotter
Por André Gomide
Agência AutoInforme
21/10/2003 | 20:06
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Ao iniciar a escalada rumo à cabine do Volvo FH12 Globetrotter de cabine avançada você tem a impressão de estar embarcando em um avião dado a altura que fica do solo. Ao assumir a posição do piloto, ou melhor, do motorista, é necessário certo tempo para identificar os diversos comandos desse avião, desculpe, desse caminhão. O quadro de instrumentos foi desenhado de forma a envolver a pessoa que está com a responsabilidade de transportar tantas toneladas de uma só vez. O conforto da cabine não fica devendo a nenhum carro de luxo. Tem ar condicionado, vidros elétricos, bancos com suspensão... "Motoristas que trabalham com conforto rendem mais para a empresa", afirma Sérgio Gomes, profissional da Volvo que atua na área do planejamento do produto.

As atualizações técnicas e de design, que exigiram um investimento mundial de US$ 1 bilhão (só no Brasil foram US$ 35 milhões), foram aplicadas em toda linha de pesados da Volvo que oferece três tipos de cabine (FH, NH e FM) e quatro faixas de potência (340, 380, 420 e 460 cv). Jornal Veículos elegeu o top de linha, o FH12 6x4, de 460 cv de potência e com transmissão eletrônica, para uma breve avaliação no autódromo de Interlagos. Os pesados ganharam novas estampas e desenho nitidamente mais agradável, embora tenham mantido a estrutura básica na cabine, chassi e nas motorizações.

Entre as inovações, as que mais se destacam estão a caixa de transmissão eletrônica I-Shift e o motor de 460 cv, uma evolução da linha D12D e o mais potente da marca. A caixa eletrônica possui embreagem, mas não existe pedal. A base é a mesma da caixa mecânica, mas sem os anéis sincronizados, cuja função é exercida pela central eletrônica (ECU) que "conversa" com a central eletrônica do motor equalizando as velocidades para fazer os engates. A ECU também avalia o peso do veículo e as inclinações da estrada para selecionar a marcha ideal (são 12 para a frente e 4 para trás) para aquela condição.

O manuseio é extremamente fácil e um display no painel mostra em que marcha o veículo está. O motorista pode optar entre fazer ele mesmo as trocas de marcha, através de controle eletrônico na alavanca, ou deixar a ECU comandar toda a operação. A partir dai, é só acelerar e deixar o motor fazer o resto. Além do conforto, esse sistema traz outras vantagens como menor custo de manutenção e desgaste das peças.

Embora o "passeio" em Interlagos tenha sido feito apenas com o cavalo mecânico na configuração 6x4 (seis pontos de apoio no solo com tração em quatro), distante das 45 toneladas que é capaz de puxar, foi possível notar a saúde do novo motor eletrônico de 460 cv de potência. Com seis cilindros em linha e 12 litros, sua força máxima de 225 mkgf está entre 1.050 e 1.450 rpm e a potência entre 1.500 a 1.800 rpm. Embora seja de tiro curto, o motor faz o caminhão ganhar velocidade rapidamente chegando aos 100 km/h em pouco tempo mesmo na subida do café, aquela que leva à reta de chegada.




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