Política Titulo Convenção
Donisete Braga diz carregar DNA de Lula e Dilma

Deputado estadual foi oficializado no último sábado, em
convenção, como o candidato do PT à Prefeitura de Mauá

Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
01/07/2012 | 07:23
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Orlando Filho/DGABC


O deputado estadual Donisete Braga foi oficializado ontem, em convenção, como o candidato do PT à Prefeitura de Mauá, tendo como vice o ex-secretário de Obras Hélcio Silva. No ato, que reuniu aproximadamente 4.000 pessoas na casa de shows Via 101, o petista mostrou estar alinhado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a atual comandante do Palácio do Planalto, Dilma Rousseff.

Os líderes nacionais enviaram mensagens de apoio à corrida de Donisete. Segundo o deputado, Lula, inclusive, subirá ao menos duas vezes no seu palanque durante a campanha, a primeira delas em agosto. "É hora de o PT estar unido, de mãos dadas, para elegermos o companheiro Donisete Braga e seguirmos fazendo cada vez mais por Mauá", discorreu o ex-presidente. "Tenho o DNA dos meus pais, do Lula e da Dilma", externou o parlamentar.

Os discursos do candidato e de correligionários pregaram a continuidade do governo Oswaldo Dias (PT), mas com renovação, e a luta contra o "retrocesso", como classificaram a candidatura de Vanessa Damo (PMDB), filha do ex-prefeito Leonel Damo (PMDB). "Teve convenção em que a candidata aposentou o pai. Na nossa não vamos aposentar o prefeito Oswaldo Dias (PT), porque seus governos transformaram Mauá", alfinetou o vice-prefeito, Paulo Eugenio Pereira Júnior.

O evento também ratificou a união do PT de Mauá após a conturbada articulação que colocou Donisete como candidato a prefeito no lugar de Oswaldo, que buscava a reeleição. "Estamos unidos contra o projeto econômico, em que meia dúzia se locupleta do poder", afirmou o ex-vice-prefeito Márcio Chaves Pires, em referência à família Damo. Oswaldo Dias se colocou como militante para fazer do deputado o seu sucessor.

Em seu discurso, Donisete evitou atacar adversários. Citando todos os bairros de Mauá, pautou a fala de 35 minutos em propostas, como regionalizar o Hospital de Clínicas Radamés Nardini, pressionar pela chegada da UFABC (Universidade Federal do ABC) a Mauá em 2013, integrar o transporte coletivo e ampliar as políticas de inclusão social. "Nós conhecemos a cidade."

O tom mudou radicalmente em entrevista à imprensa, onde fez ataques a Vanessa Damo. Ao comentar a participação de partidos aliados em eventual governo, o petista disse que "não será marionete", e que os partidos que o apoiam (PSB, PCdoB, PPL, PTC e PRTB) firmaram a aliança com ele "porque é difícil fazer política com quem morou fora de Mauá durante um bom tempo e renega o seu DNA."

"Se pegar outro projeto, verá que a Prefeitura já foi toda loteada. O Oswaldo deixou R$ 54 milhões em caixa para o Leonel Damo (em 2004), e quando voltou (em 2009), pegou R$ 232 milhões de restos a pagar. Talvez a filha dele (Vanessa) o tenha aposentado por conta disso", concluiu Donisete.




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