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Protestos contra caricaturas de Maomé deixam quatro mortos
Do Diário OnLine
Com AFP
06/02/2006 | 12:21
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Quatro pessoas morreram nesta segunda-feira durante manifestações contra a publicação de caricaturas do profeta Maomé.

No domingo, os protestos violentos de muçulmanos no mundo pela publicação na Europa das caricaturas chegaram ao Líbano, onde o consulado da Dinamarca foi incendiado e 28 pessoas ficaram feridas, um dia depois dos ataques às embaixadas dinamarquesa e norueguesa.

A polícia atirou para o alto e pelo menos cinco pessoas ficaram feridas pelos tiros durante o protesto em Mihtarlam, capital da província de Laghman, no Afeganistão.

Mil pessoas pediam o fechamento da embaixada da Dinamarca, onde os desenhos foram publicados pela primeira vez em setembro.

Os feridos foram levados para o hospital de Jalalabad, capital da província vizinha de Nangarhar, onde três deles morreram.

Durante uma manifestação na Somália, um menino de 14 anos foi mortos durante um confronto com a polícia.

Estas são as primeiras vítimas de uma série de protestos no Afeganistão contra a publicação, em vários países europeus, das caricaturas, consideradas ofensivas pela comunidade muçulmana. Líderes religiosos encabeçavam a manifestação de Mihtarlam, onde um comício idêntico reuniu cerca de mil pessoas no domingo.

Além do fechamento da embaixada da Dinamarca, os manifestantes reclamaram a retirada do representante afegão e a saída das tropas dinamarquesas do Afeganistão.

Outras manifestações reuniram nesta segunda-feira centenas de pessoas em Kandahar, a grande cidade do sul afegão, ex-reduto dos talibãs, em Mazar-i-Sharif (norte) e na província de Kapisa, perto de Cabul. Cerca de 5 mil pessoas também se manifestaram na província de Parwan, vizinha a Cabul.

Na capital afegã, uma centena de militares da Otan e de policiais afegãos foram mobilizados nas imediações da embaixada da Dinamarca, onde trezentos manifestantes queimaram bandeiras dinamarquesas aos gritos de "Morra Dinamarca", "Morra Noruega", "Morra Estados Unidos" e "Morra Bush".

Em maio do ano passado, 15 pessoas morreram nas manifestações de protestos contra a suposta profanação do Corão. Segundo a revista americana Newsweek, um exemplar deste livro sagrado foi jogado na privada por soldados americanos no centro de detenção de Guantánamo, em Cuba.

Declarando-se muito ofendido pela publicação das caricaturas, o presidente afegão Hamid Karzai pediu calma aos muçulmanos.

"Peço a meus correligionários que se mantenham acima desta controvérsia e que não se coloquem ao nível dos que publicaram as caricaturas", afirmou, acrescentando que "Deus nos pede para perdoar".




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